Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nossos sites, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar o Portal do Trânsito, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

Medicamentos incompatíveis com o condutor…


Por ACésarVeiga Publicado 22/07/2016 às 03h00 Atualizado 02/11/2022 às 20h25
 Tempo de leitura estimado: 00:00
MedicamentosNão existe ainda uma forma de fiscalização eficiente.

Os primeiros medicamentos surgiram na idade da pedra lascada…mas “não” como os conhecemos atualmente, pois naquela época tudo era transbordante de instintos.

Lá, “eles” deveriam possuir um forte componente psicológico, fundamentado principalmente em crenças e ritos mágicos, que certamente estavam aliados muito mais, ao emprego de plantas curativas…

Mas acredita-se que o objetivo era o mesmo; promover a saúde e acalmar possivelmente o tumulto das emoções.

E assim, com o desenvolver da humanidade ocorreu a explosão demográfica…e com ela, os homens começaram a se aglomerar.

E com o namoro da aglomeração, houve a fertilização de um grande leque de doenças. E então tiveram que surgir os medicamentos em larga escala, que a princípio, como em qualquer momento da nossa história, foram avançando entre as colunas de fumaça do incenso funerário.

Modernamente os medicamentos são parte importante da atenção à saúde. Não só salvam vidas e incentivam a saúde, como previnem epidemias e doenças.

E com essa vocação messiânica…em alguns casos, os medicamentos podem até suscitar, modalidades de “entusiasmo”.

Pois querendo ou não, em algum momento vamos precisar deles, e isso não é uma obstinação doentia…e tão pouco uma imagem patológica, criado por algum delírio.

Em certo sentido, saiba que para “alguns” tomar medicamento, é requisito mínimo de “estar vivendo”.

E então pergunto:

– Como o medicamento se comporta no indisciplinado asfalto das ruas? Será que várias violações de expectativas infundadas pelo caro leitor, estarão em curso aqui?

Teremos então, aquela aparente contradição que de maneira extraordinária nós, simples condutores, não podemos nem começar a imaginar?

Bem, com surpreendente franqueza, você já se perguntou qual seria a influência dos medicamentos a quem conduz um veículo?

Você sabe (?!) que dirigir um veículo envolve muitas variáveis… Desde as condições meteorológicas, até “você”.

Isso mesmo… “Você” é a principal causa dos casos de imprudências no trânsito, apesar de que, para a maioria, o ato de dirigir é uma atividade automática que ocorre por simples impulso.

Mas sua visão, sua percepção e a sua reação motora, diante de uma situação aparentemente corriqueira, são necessárias para uma direção segura no trânsito…E para isto seu estado físico e mental deve apresentar boas condições.

Os medicamentos podem “sim” influenciar negativamente o condutor, pois interferem nas habilidades primordiais da condução do veículo, e isto pode originar riscos no seu desempenho.

O universo deste tema é vasto…mas sugiro algumas abstrações, no mínimo, mais elevadas…

1ª) Todo o medicamento ocasiona alguma alteração no organismo. E apesar de você achar que a ideia é vaga demais para ser útil ou testável; isto é indiscutível.

2ª) Em algumas medicações as bulas explicam as reações adversas da droga, mas em outras a explicação não é satisfatória, deixando alguma coisa para a imaginação.

3ª) E quanto ao risco dos medicamentos de venda livre (que por vezes o paciente toma por conta própria, tais como analgésicos, antialérgicos/anti-histamínicos e antigripais)? Terá o “condutor” conhecimento de seus efeitos adversos? De fato a linha entre o “conhecer” e o “ignorar” não é tão nítida quanto gostaríamos de pensar.

4ª) E os medicamentos cujo o paciente “não recebe” nenhuma orientação médica sobre os riscos pertinentes quanto ao fato dele conduzir um veículo? Estaremos diante de uma “responsabilidade profissional suspeita”?

5ª) Não existe responsabilidade da orientação por parte do poder público e da mídia para com o “cidadão”, sobre o risco do uso de certos medicamentos. Será por ser tão óbvio, que é difícil falar sobre ele sem soar como banal?

6ª) Há falta de conscientização tanto do profissional de saúde quanto do paciente sobre o tema. (É uma lástima que o assunto não seja priorizado em nossas escolas)

7ª) Deveria existir a obrigatoriedade para que as indústrias farmacêuticas inserissem na caixa dos seus medicamentos, caso a necessidade, o alerta do tipo “proibido dirigir”. (O projeto existe, mas parece que ainda está só no papel e numa gaveta)

Fala-se em exame toxicológico, cujo objetivo é detectar a presença de medicamentos no organismo do condutor…mas “estes” ainda apresentam empecilhos determinantes.

Um deles é que a maioria dos medicamentos se “transformam” no organismo em curto prazo de tempo, exigindo exames de sangue bem mais complexos do que os usuais; além da diversificação de cada indivíduo quanto a “ação” e o “efeito” das medicações.

Parece-me que a angústia da “crise social” não para de crescer.

Mas fica o alerta para que “você” que lida com as “cotidianidades”…ao perceber qualquer sintoma diferente, imediatamente “estacione” o seu veículo e não volte a dirigir.

Peça auxílio para que assim, apresentando-se como produtor de boas atitudes, você volte a flertar com a eficaz cidadania.

E então você perguntaria:

MAS QUAIS SÃO ESTES MEDICAMENTOS?

– os ANSIOLÍTICOS e TRANQUILIZANTES⇒ (Lexotan, Lorax, Dienpax…);

– os ANTIDEPRESSIVOS/tricíclicos ⇒ (Tryptonol, Tofranil, Anafranil…);

– os NEUROLÉPTICOS ⇒ (Haldol…);

– os HIPNÓTICOS ⇒(Dalmadorm, Dormonid, Rohipnol…);

– os COLÌRIOS ⇒ (com Atropina e Fenilefrina);

– os ANTIEPILÉPTICOS/BARBITÚRICOS ⇒ (Gardenal, Hidantal…);

– os ANALGÉSICOS ⇒ (Tylex, Tramal/Tramadol…);

– os MIORRELAXANTES (ocasionam relaxamento muscular) ⇒ (Tandrilax, Mioflex…);

– os ESTIMULANTES(Anorexígenos/Anfetamínicos);

– os ANTI-HISTAMÍNICOS/ANTIALÉRGICOS;

– os OPIÓIDES;

– os RELAXANTES MUSCULARES;

– os BRONCODILATADORES;

– os DIURÉTICOS;

– para DIABETES;

– os ANTI-CONVULSIVOS;

– para tratamentos ORTOPÉDICOS;

– para ENJOOS/antieméticos;

– os ANTIPARKISONIANOS;

– e devem existir outros…

A maioria dos “tipos” de medicamentos citados, ocasionam “sonolência”, “aumento no tempo de reação do condutor”, “diminuição da percepção visual”, “cansaço”, “tonturas”, além de outros malefícios.

O que me acolhe então, é o desejo de que você não faça da imprudência, o principal prato a ser servido, o que inevitavelmente transformaria estas informações em mero “pano de fundo”.

Saiba que no CTB (Código de Trânsito Brasileiro) não há nenhuma proibição específica quanto à utilização de medicamentos de venda livre (aqueles que não necessitam de receita médica) relacionados à direção de veículos. Como eles não causam dependência (!?) não é proibido.

Obs.⇒ Mas basta uma dose de 0,14 gramas de arsênio inorgânico trivalente para causar a morte de um ser humano adulto por dano à respiração celular, em poucas horas ou dias…e esta substância não causa dependência.

Para aquelas medicações que são enquadrados como “substâncias psicoativas” (o cidadão desconhece quais são estes medicamentos), e que causam dependência, elas são proibidas e o condutor está sujeito a infração de trânsito tal como, nos casos de ingestão de bebidas alcoólicas e drogas.

Mas não existe ainda uma forma de fiscalização eficiente durante a abordagem policial, para o caso do objetivo ser a averiguação do uso destas medicações pelos condutores, assim como não existem informações atualizadas sobre os acidentes no qual os medicamentos sejam responsáveis como a “possível causa”.

Sabe-se que certos medicamentos aumentam em 80% o risco de colisões fatais. Também não existem dados do número de motoristas habilitados, com idade superior a 50 anos…que é uma faixa etária no qual o consumo de medicamentos é maior do que os de idade inferior.

Estudos que comparam o sono com os acidentes de trânsito mostram que 30% das ocorrências foram causadas por motoristas que “cochilaram” enquanto estavam conduzindo o veículo.

Outro estudo evidenciou que pelo menos 20% dos condutores apresenta algum tipo de distúrbio do sono. Mas, qual será então “o nosso” objetivo nisso tudo?

Bem, desejo que você não continue a desempenhar, por assim dizer, esse papel “mudo”, no qual a morte é o espetáculo nacional… que você não prossiga a fingir, tal qual quando acredita que exista religião “sem demônios”.

Saiba que o seu silêncio o transforma em uma “arma de guerra” inofensiva…arma que oculta vastas profundidades de ignorância… Isso é assombroso…

É um honesto e profundo vácuo social.

Que fica transformando as pessoas no verdadeiro exército multicolorido de descontentes, unidos mais pelo ressentimento, do que pelo objetivo.

Então, que você não permaneça, no papel de cidadão fantoche que lhe foi destinado…Sem dúvidas um “perverso” presente, ofertado a você, neste jogo maquiavélico do poder.

 

Receba as mais lidas da semana por e-mail

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *