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Entenda a importância dos testes psicológicos para obtenção da CNH e aborde esse tema em sala


Por Tecnodata Educacional Publicado 05/02/2020 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 21h54
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Relacionamento InterpessoalDesenvolver a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, verdadeiramente, sentir, apreciar e julgar sob o ponto de vista dela nos dará mais flexibilidade, maior compreensão e respeito. Foto: Freeimages.com

Relacionamento Interpessoal nada mais é que a forma com que interagimos com as pessoas ao nosso redor. Essa interação pode acontecer baseada em sentimentos, emoções e até por tipos de relacionamentos que temos com um determinado grupo ou um indivíduo.

Nós somos seres sociais, precisamos uns dos outros e para isso interagimos, não importa em que ambiente. O relacionamento sempre muda de acordo com o contexto e com o ambiente em que estamos. É desta forma que aprendemos a conviver com as diferenças, com os tipos de personalidade que encontramos em nosso dia a dia.

Por que então, há tantos relatos de brigas e agressões no trânsito?

Não se sabe ao certo o que motiva as pessoas a se comportarem de forma tão agressiva, gratuitamente. Há teorias de que isso ocorre porque as pessoas se sentem protegidas pela “armadura de metal” que são os veículos e, desta forma, se acham inatingíveis, mais importantes que os demais, ainda que estejam “vestindo a mesma armadura”.

O que se tem certeza é que essa agressividade toda pode levar a um grau de descontrole que, pode acabar em morte ou ferimentos graves.

A necessidade de se fazer testes psicológicos para obtenção da CNH, revela-se, a partir disso, imprescindível. Os testes são infalíveis? Não. Contudo são capazes de detectar alguns comportamentos como agressividade e, com isso, dar um feedback importante ao futuro condutor, que, por vezes não tem ideia de que isso pode causar problemas no trânsito, principalmente após exposição frequente ao estresse diário.

O trânsito precisa de relacionamentos harmoniosos para funcionar. O conhecimento de como nos relacionarmos no trânsito, com diferentes situações e pessoas também pode fazer toda a diferença. São muitas pessoas com diferentes formações, graus de instrução, situação financeira e emocional convivendo no mesmo espaço, ao mesmo tempo. Não há como negar que é preciso praticar a tolerância, a paciência e principalmente a empatia.

O Relacionamento Interpessoal envolve a forma como lidamos com todas essas diferenças, como encaramos as situações que se revelam na convivência no trânsito.

Ainda que o Relacionamento Interpessoal no trânsito possa se parecer mais com os relacionamentos virtuais por não estarmos tão próximos fisicamente, precisamos lembrar que é necessário seguir as regras e normas de comportamento que regem a nossa sociedade.

O autoconhecimento é um processo importante em todo este contexto, independente do objetivo inicial. Aprendemos como é a nossa reação frente a determinadas situações, reelaboramos nossas atitudes, praticamos e empatia nos colocando no lugar do outro sem a intenção de receber o que há de melhor dele, mas também de oferecer o que temos de melhor.

Não é uma tarefa fácil, ainda mais em se tratando de um ambiente em que estamos sujeitos, o tempo todo, ao estresse. Podemos estar prestando um grande auxílio aos outros indivíduos nos portando de forma calma e centrada. Essa compreensão pode facilitar a solução de graves problemas que encontramos no trânsito das grandes cidades. É o chamado efeito borboleta, o que acontece aqui, em determinado momento, pode, ao longo do tempo, fazer com que outras pessoas passem a agir de forma diferente. Isso vale para situações positivas tanto quanto negativas.

Desenvolver a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, verdadeiramente, sentir, apreciar e julgar sob o ponto de vista dela nos dará mais flexibilidade, maior compreensão e respeito.

Por que ensinar Relacionamento Interpessoal na Formação de Condutores? Como ensinar Relacionamento Interpessoal?

É importante ter sempre em mente que “ensinar” uma pessoa adulta a se relacionar com as demais não é uma tarefa fácil tendo em vista a carga horária reduzida que se tem para a formação do condutor. Entretanto, é necessário. Não porque é exigido pelos órgãos de trânsito, mas, principalmente para a melhoria do nosso trânsito.

Comportamento sempre foi e sempre será influenciado pelo meio, pela história de cada um além de diversos outros fatores. Até mesmo doenças e medicação interferem no comportamento das pessoas. Por este motivo, o mais importante é, não só trabalhar os conceitos, mas também o comportamento propriamente dito, reforçando as boas atitudes, o tempo todo, desde o início do curso, não só quando for o momento de apresentar a disciplina de Relacionamento Interpessoal.

Isto pode ser feito quando o aluno faz alguma colocação onde ressalta comportamentos inadequados que vivenciou ou soube através de seus contatos ou redes sociais. Aproveitar esse momento para ressaltar a importância do comportamento correto, não pautado somente no que está escrito na Lei, mas, em especial, no comportamento correto com perguntas como: como seria o correto? Qual seria a sua reação frente a esse comportamento do condutor, que relatou, se alguém da sua família ou mesmo você estivesse envolvido?

Peça que tragam essas informações e situações para que sejam discutidas em sala de aula. Utilize isso como aprendizado, crie situações hipotéticas a partir da situação apresentada inicialmente, pautada na legislação, mas também no sentimento.

Essa proposta pode fazer com que os alunos passem a enxergar essas situações como algo real e concreto que pode acontecer com eles ou com alguém próximo. Ninguém está totalmente seguro, mas, com a mudança de comportamento de cada um podemos ter um trânsito melhor e muito mais seguro. Preservar a vida e a segurança no trânsito é responsabilidade de todos.

 

 

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