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As estatísticas no Brasil são confiáveis?


Por Mariana Czerwonka Publicado 02/06/2015 às 03h00 Atualizado 02/11/2022 às 20h32
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Estatísticas de acidentesSegundo o Ministério da Saúde no ano de 2013 (últimos dados disponíveis), morreram 42.266 pessoas em decorrência de acidentes de trânsito no Brasil. Já de acordo com a Seguradora Líder, que administra o DPVAT, nesse mesmo ano foram 54.767 indenizações por morte pagas no país. Existem ainda especialistas que dizem que essa conta pode passar dos 70 mil. Por que existe essa diferença? Por que os números no Brasil são tão difíceis de confiar?

Algumas explicações para essas diferenças: os dados oficiais levam em conta aqueles que morrem no local do acidente ou até 30 dias depois da ocorrência, já as indenizações do DPVAT podem contemplar mortes ocorridas há três anos, que é o prazo para solicitar a indenização, fora aquelas que entram na conta, mas fazem parte das fraudes que estão sendo descobertas e divulgadas pela Polícia Federal. Por outro lado, muitos desconhecem o DPVAT e não pedem indenização.

Estatísticas específicas como número de acidentes causados por motoristas embriagados ou por distração pelo uso do celular, ou ainda com menos de 18 anos, por exemplo, são quase impossíveis. O que se faz é um estudo aproximado (para não dizer um chute), levando em consideração algumas variáveis, para se dizer quantas mortes ocorrem com essas características, mas certeza mesmo, ninguém tem.

Enfim, como fazer um trabalho sério, que envolva políticas públicas, sem saber ao menos quantos morrem, como acontecem os acidentes? O Brasil precisa, urgentemente, começar a elaborar estatísticas confiáveis, para orientar estudos aprofundados sobre as causas dos acidentes. Só assim será possível aperfeiçoar a legislação e trabalhar em pontos específicos, para reduzir as fatalidades.

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