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Cenário da agonia no trânsito: agente de distúrbio orgânico e comportamental


Por Dirceu Rodrigues Alves Publicado 17/03/2018 às 03h00 Atualizado 02/11/2022 às 20h16
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EngarrafamentoFoto: Pixabay.com

A irritabilidade é o primeiro sintoma manifesto e é quase sempre uma resposta excessiva a esse estímulo de ansiedade no trânsito. É na realidade uma resposta dos sentimentos do indivíduo. Manifesta-se com maior ou menor intensidade dependendo da formação, caráter, personalidade e uma série de outros fatores.

O aumento do potencial elétrico nas pessoas pode ocasionar perturbações nas funções dos neurotransmissores.

Sabemos que torres de celular, antenas de TV e altos níveis de poluição eletromagnética na atmosfera provocam aumento do potencial bioelétrico que é capaz de provocar alterações nas ligações neuronais e baixa produção de serotonina. Esta substância é além de sedativa, calmante, é aquela capaz de elevar o humor e produzir sensação de bem estar, conforto.

Na lentidão e no engarrafamento do trânsito com estresse e desvitalização bioenergética, perde-se o controle dos impulsos, ocorre queda da serotonina que por sua vez reduz os neurotransmissores controladores do comportamento explosivo (“diz-se que o indivíduo está com pavio curto”).

Outros fatores psicológicos e psiquiátricos como compulsão, depressão, ansiedade, problemas afetivos, agressividade têm baixa produção da serotonina. E é essa serotonina elevada que nos mantém alegres, bem humorados, tolerantes e em equilíbrio. É na realidade um dos mais importantes neurotransmissores.

A perda do controle significa que o nível de serotonina está baixo, podemos aí reagir com distúrbios de comportamento dependendo daqueles fatores psicológicos e psiquiátricos e outros fatores pessoais. Podemos chegar à impulsividade, agressividade e a violência verbal, gestual e física o que, aliás, é hoje muito comum no nosso trânsito.

O distúrbio de comportamento pode manifestar-se também com negligência e imprudência como produto da agressividade.

Tudo isso, causa no motorista envolvido nesse trânsito louco dos grandes centros, dano físico, psicológico e social, tem a saúde comprometida. Doenças primárias afloram, o potencial orgânico fragiliza-se e surgem sinais, sintomas e doenças. A inalação dos poluentes produzidos pela queima de combustível, a condição climática e muitos outros fatores são desencadeantes. Nos portadores de um perfil potencialmente psiquiátrico, os surtos patológicos afloram e podem agravar-se.

É uma das causas do “Road Rage” (fúria no trânsito).

Outros sinais e sintomas podem ser percebidos como:

– taquicardia (batimento cardíaco acelerado)

– taquipnéia (frequência respiratória aumentada)

– extrassístoles (batimento cardíaco irregular)

– elevação da pressão arterial

– dor no estômago

– enjoo

– extremidades frias

– transpiração (suor)

Os que mais sofrem são as pessoas tensas, apressadas e ansiosas.

O quê fazer?

– buscar permanentemente o equilíbrio

– não buscar explicações para o problema

– relaxe

– coloque música ambiente

– sente-se confortavelmente

– faça um alongamento

– mantenha o bom humor

– converse com o passageiro ou o parceiro de infortúnio

– troque gentilezas

– coloque uma coisa doce na boca

Lembre-se que todos que estão no trânsito são parceiros de infortúnio e não inimigos. O auto-estímulo, bem como o estímulo de cada um que se encontra na lentidão ou no engarrafamento seja com um sinal positivo, com uma palavra de conforto, com uma simples brincadeira serão certamente agentes atenuantes do desgaste físico, mental e social que todos estão vivendo.

Uma conversa, uma brincadeira, pode aumentar a produção da serotonina e sairmos daquela realidade para momentos felizes como quando nos ocupamos com outra atividade de lazer.

 

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