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Um dia de agente: empatia a serviço da cidadania


Por Rodrigo Vargas de Souza Publicado 03/10/2019 às 03h00 Atualizado 02/11/2022 às 20h09
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Agente de trânsitoFoto: Brayan Martins/ PMPA

Na psicologia e nas neurociências contemporâneas a empatia é uma “espécie de inteligência emocional” e pode ser dividida em dois tipos: a cognitiva – relacionada com a capacidade de compreender a perspectiva psicológica das outras pessoas; e a afetiva – relacionada com a habilidade de experimentar reações emocionais por meio da observação da experiência alheia.

Foi com esse intuito que o Programa Um dia de Agente foi criado. Para desmistificar algumas falácias ainda existentes, mesmo com mais de 21 anos do seu advento, como a famosa “Indústria da multa” ou “comissões por multa”, a Empresa Pública de Transportes e Circulação (EPTC) abre as suas portas aos cidadãos porto-alegrenses para viverem na pele as experiências vivenciadas pelos agentes de trânsito diariamente.

O comunicador José Silvas, da RDCTV, foi um dos mais de 200 participantes do Programa e, após a ação, fez questão de relatar suas experiências, acompanhando de perto o trabalho dos agentes de fiscalização por um trânsito com menos riscos de acidentes na capital, com mais respeito nas relações do dia a dia da circulação:

“Foi uma ótima experiência participar no Programa Um Dia de Agente da EPTC. Comprovei que o número de infrações cometidas é imensamente superior às autuações dos agentes. Certamente não existe a chamada fábrica de multas. Além disto, constatei a presença do conjunto de serviços realizados pela EPTC em toda a cidade, em benefício da orientação e segurança da população. Só posso parabenizar o trabalho realizado pela EPTC na circulação da cidade”

Qualquer cidadão pode participar, sobretudo aqueles que acreditam na já citada “Indústria da Multa”, inscrevendo-se pelo link a segui: https://eptctransparente.com.br/diaagente

Através do mesmo site (Portal Transparência EPTC) é possível consultar, dentre outras informações, o número de infrações cometidas na cidade, separadas por tipo de infração, inclusive. Se fizermos uma breve análise das infrações cometidas no ano de 2019 é possível verificar que, se somarmos aquelas que chamamos de “auto multa”, ou seja, aquelas que não necessitam de um agente de fiscalização, nas quais o próprio condutor “se multa” através de dispositivos eletrônicos, teremos aproximadamente 60% do total de autuações.

Sendo assim, eu acredito que, num futuro não muito distante, a população vai clamar pelo retorno dos tão odiados “azuizinhos” (alcunha dada pela população da capital gaúcha aos agentes em função da cor do uniforme). Chegará um dia em que (felizmente) seus serviços não serão mais necessários. Mas não porque os condutores atingirão um nível de consciência e educação que faça não mais ser necessário que sejam fiscalizados. Nesse aspecto sou um tanto pessimista. Mas sim porque a tecnologia permitirá que veículos e vias comuniquem-se. Para tanto, basta que cada veículo tenha um chip de geolocalização e que as vias sejam configuradas e monitoradas pelo órgão gestor do trânsito através de um sistema integrado.

Dessa forma, se um veículo atingir uma velocidade de 70 km/h numa via que esteja configurada com velocidade máxima de 60 km/h, ou se o sistema constatar que um automóvel está imobilizado em uma via na qual é proibido parar e estacionar, ou mesmo se realizar uma conversão em local proibido ou transitar por determinada via pela contramão, o que aconteceria? Simples. A autuação iria diretamente para residência do condutor, sem necessidade de qualquer intervenção humana. Isso se os veículos autônomos não chegarem antes disso, obviamente.

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