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Redução de velocidade: precisamos falar sobre isso


Por Rodrigo Vargas de Souza Publicado 13/04/2019 às 03h00 Atualizado 02/11/2022 às 20h12
 Tempo de leitura estimado: 00:00
Redução de velocidadeFoto: Freeimages.com

Velocidade é um assunto que já abordei em outro artigo. Recentemente, me deparei com uma notícia que me deixou positivamente surpreso: um vereador porto-alegrense havia entregue na câmara um projeto que previa a redução da velocidade máxima de 60km/h para 50km/h para veículos leves e de 40km/h para os pesados. No entanto, tão surpreso quanto fiquei com a notícias, fiquei com os comentários das pessoas sobre a proposta do vereador. Negativamente, é claro… Embora grande parte da população desconheça esse fato, esse vereador não está reinventando a roda.

A redução de velocidade em perímetros urbanos é uma tendência mundial que já virou realidade em diversos países desenvolvidos, sobretudo da Europa. A OMS (Organização Mundial da Saúde) já tem há alguns anos sugerido essa medida para a redução da mortalidade no trânsito.

Após quase ser execrado, foi o que eu tentei explicar para um gerente do órgão gestor do trânsito onde trabalho após sugerir a mesma redução durante um workshop como forma de alcançar as metas de redução de acidentes fatais buscada pela empresa no ano de 2019. Mas, infelizmente, não é apenas a sociedade civil que desconhece esses dados. Em 2015 tivemos as experiências da redução de velocidade das marginais paulistas Tietê e Pinheiros, nas quais, após alguns meses de redução drástica nos índices de acidentes fatais e aumento da velocidade média de 13km/h para 17km/h, voltou-se atrás e aumentou-se novamente a velocidade numa manobra política visivelmente populista.

E mesmo que a preocupação maior não fosse com os acidente, mas única e simplesmente com a fluidez, ainda assim a redução seria uma boa alternativa. O vídeo abaixo explica como a constância na velocidade é capaz de impedir que os engarrafamentos se formem:

Usando a referência do vídeo, enquanto os carros autônomos não tomam as ruas e nós não deixamos de dirigir como macacos, quem sabe podemos esboçar alguma mudança não só no trânsito, mas na sociedade como um todo, nos informando melhor, estudando mais e, assim, abandonando um pouco do senso comum e também deixarmos de votar como macacos?

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