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Carro autônomo faz mais uma “vítima fatal”


Por Rodrigo Vargas de Souza Publicado 22/02/2019 às 03h00 Atualizado 02/11/2022 às 20h13
 Tempo de leitura estimado: 00:00
Robô atropeladoFoto: Divulgação.

Há aproximadamente um ano um fato ocorrido no Arizona pôs em cheque a viabilidade dos carros autônomos, já em testes nas ruas americanas àquela época. A primeira morte por atropelamento envolvendo um veículo da Uber levou a empresa a cancelar temporariamente todos os testes utilizando carros autônomos no Canadá e nos Estados Unidos por mais de seis meses, como explico no artigo HUMANIZAR O TRÂNSITO: SERÁ REALMENTE A SOLUÇÃO?.

Eis que no início desse ano uma nova notícia envolvendo carros autônomos da empresa veio a chocar o mundo novamente: CARRO AUTÔNOMO FAZ MAIS UMA “VÍTIMA FATAL”. O mais impressionante nesse caso não se trata do envolvimento de um outro veículo autônomo, mas quem foi a vítima do atropelamento: UM ROBÔ! Essa, muito provavelmente, será a notícia mais inusitadamente futurística que você já leu até hoje. Poderia muito bem ser a sinopse de um filme de ficção científica, no estilo Eu, robô, mas é a mais pura verdade.

O incidente ocorreu em Las Vegas durante uma tradicional feira de tecnologia. A “vítima” foi o modelo v4 (imagem a seguir) de uma empresa chamada Promobot. Ele fazia parte de uma série de robôs autônomos criados pela empresa para fins comerciais, que podem ser alugados por uma diária de aproximadamente US$ 2.000 para funções como, por exemplo, promotor, recepcionista, guia de museus, consultor, concierge, dentre outras.

Conforme o vídeo abaixo, o robô seguia com um grupo de outros robôs para o evento. Em algum momento do trajeto, ainda não se sabe porque, um deles acabou afastando-se do grupo e aproximando-se da via, por onde trafegava um Tesla Model S da Uber. Após atropelar o robô, o veículo ainda rodou cerca de 50 metros antes de parar. Segundo engenheiros da Promobot, os danos causados pelo acidente são irreparáveis, o que os levou a classificar o atropelamento como fatal.

O mais curioso é que não é a primeira vez que robôs da Promobot se envolvem em situações inusitadas como resultado de um comportamento incomum. Em 2016, a empresa russa chamou a atenção do mundo quando um de seus robôs acabou fugindo do centro de pesquisas e causou um congestionamento na cidade de Perm, o que gerou muito temor por parte do público que teme o avanço da inteligência artificial.

A fuga do centro de pesquisas também não é o único ato de rebeldia do Promobot. No mesmo ano, o robô acabou “preso” em um ato político no país. Na ocasião, ele estava sendo utilizado por um candidato em campanha para fazer pesquisas de opinião com o público, mas a polícia pediu para que ele fosse recolhido, chegando a fazer menção de algemá-lo.

Assim como sugeri em PROCESSO DADOS, LOGO EXISTO,

“Se organismos dotados de inteligência artificial têm a capacidade de aprender novos conhecimentos, quem sabe a próxima lição que devemos transmitir a eles seja a de, assim como nós humanos, vez ou outra, infringir algumas leis???”

podemos inferir que, sem sombra de dúvidas, os robôs estão a cada dia que passa mais humanos. Você concorda?

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