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Bicicleta: qual a sua história com ela?


Por Rodrigo Vargas de Souza Publicado 27/12/2019 às 03h00 Atualizado 02/11/2022 às 20h07
 Tempo de leitura estimado: 00:00
Ciclista na ruaFoto: Pixabay.com

Envolto em um clima natalino, me pus a pensar que, para muitas crianças, essa é a época na qual, muitas vezes, ganha-se a primeira bicicleta. Comigo não foi diferente.

Não lembro com que idade especificamente, talvez com uns quatro ou cinco anos. Mas lembro que era um modelo Cross, aro 20 e que ganhei da minha madrinha. Ela já havia sido usada pelo filho dela, que tinha alguns anos a mais que eu e que, por esse motivo, já deveria estar pequena pra ele.

Mas lembro que pra mim ela era imensa! Tanto que pra subir nela, lembro que tinha que por um banquinho! E foi assim que eu a utilizei durante algum tempo: encostada na parede, subia num banquinho, montava nela e ficava pedalando pra trás, imaginando longos passeios pelo bairro, já que ainda não sabia pedalar sem rodinhas…

Até que, antes mesmo de tentar aprender, meu primeiro tombo aconteceu. Certa feita, enquanto desmontava da bicicleta depois de um dos meus tantos passeios imaginários, enrosquei meu pé no quadro da bicicleta, fazendo com que eu me desequilibrasse e, embora caísse de pé ao lado da bicicleta, não tive tempo para desviar do guidão, que caiu meticulosamente sobre o dedão do meu pé e quebrando minha unha exatamente pela metade.

Passado algum tempo (e também o primeiro trauma), brincava na rua com um amigo que me trouxe um presente que havia ganhado do avô: uma Monark Monareta azul, aro 20, muito parecida com a da imagem acima. Aquela bicicleta me marcou, primeiro pelo seu desenho nada usual para a época (início dos anos 90). Mas principalmente porque foi nela em que eu finalmente dei minhas primeiras pedaladas (pedaladas reais, pra frente dessa vez…).

Trauma completamente superado e habilidade de pedalar sem rodinhas dominada, fiz as pazes com a minha Cross, que era muito melhor que a Monareta do meu amigo, na qual eu havia aprendido. Entretanto, com o passar dos anos, começaram a aparecer na minha rua as primeiras bicicletas com marchas. A primeira foi de seis. Alguns Natais depois, uma de dezoito. Todas tinham aro 26. Então, a minha velha Cross aro 20 começou a me parecer sem graça e ultrapassada.

Foi só no Natal de 1994 que ganhei minha primeira bicicleta nova. Fui o último da rua, mas valeu esperar, pois a minha tinha não 6, nem 18, mas 21 marchas! Por alguns anos ela me acompahou, alguns tombos caímos juntos. Mas no início da adolescência nossa relação já não era mais tão próxima e ela acabou relegada a algum canto da casa.

Até que, aos meus 14 anos, ela virou moeda de troca. Vendida por 50 reais (que acredite, na época era uma quantia considerável), dinheiro que serviu para, junto com outros 50 da venda de alguns cd’s de Rock, pagar a minha primeira tatuagem que, devido à idade, eu obviamente fiz escondido. Desenhei Metallica na parte interna no braço esquerdo, desenho o qual minha mãe foi descobrir apenas 4 ou 5 anos depois.

Passados uns 10 anos sem pedalar, com a correria que a vida adulta nos impõe, a bicicleta me pareceu uma maneira viável de fazer algum exercício, que acabara virando raridade na minha rotina. Infelizmente, àquela época, não encontrava condições financeiras favoráveis para investir num modelo melhor, então acabei comprando uma bem simples mesmo (daquelas baratinhas que a gente pode comprar no Walmart com o vale alimentação da empresa!).

Atualmente, como já citei nesse outro artigo, depois de uma pequena reforma, ela tem me acompanhado constantemente nos deslocamentos diários para o trabalho. Espero que ainda tenhamos várias histórias e aventuras pra compartilhar. E você, qual a sua história com a bicicleta? Compartilhe com a gente aí nos comentários!

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