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Maio Amarelo – Mês das Mães – Das mulheres: Igualdade de Gênero


Por Mércia Gomes Publicado 11/05/2017 às 03h00 Atualizado 02/11/2022 às 20h20
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Foto: freeimages.comFoto: freeimages.com

Crescemos ouvindo em casa, nas ruas, entre outros lugares, piadas contra as mulheres no trânsito: “mulher no trânsito, perigo constante”.

Com o passar dos anos, encontrado minha área de trabalho e, como profissional especializada em trânsito, além das matérias que estudo, falar e pesquisar sobre a mulher no trânsito, me faz sentir tão forte quanto todas na sociedade ainda preconceituosa, sem valorização à mulher que estuda, trabalha fora, sendo mãe, esposa, coordenadora de empresas, Presidente ou Diretora de empresa, entre outras.

Existem diversos estudos em favor da mulher como profissional, sendo especificamente em relação à igualdade de gênero, um deles feito pela Psicóloga e empresária Sandra Matos, de Minas Gerais, a qual tem um projeto realizado com mulheres, a profissional através de seu estudo, apresenta estatisticamente que as mulheres são maioria no comando de empresas de menor porte no estado de Minas, ou seja 86%, as mineiras representam ainda 46,8% dos Microempreendedores Individuais (MEI) do estado e já somam mais de 344, 5 mil empreendedoras.

No mundo dos negócios, as novas empreendedoras também estão concentradas em poucas atividades quando comparadas aos homens nessa mesma categoria. Cerca de 53% dessas mulheres estão em apenas quatro atividades:  restaurantes e assemelhados (16%), serviços domésticos (16%), cabeleireiros e/ou tratamento de beleza (13%) e, comércio varejista de cosméticos, perfumaria e higiene pessoal (9%).

Quando na condução de veículo como taxista, a Associação das Empresas de Táxis de Frota do Municipio de São Paulo), tem registrado uma demanda de mulheres como “taxistas” e, ainda mais interessadas em trabalhar na área de um total de 3.800 táxis pertencentes às empresas da Capital, segue hoje com total de 5% da frota conduzidas por mulheres, representando mais de 200 taxistas mulheres na frota de São Paulo.

Ainda falando de São Paulo, aqui possui aproximadamente 34 mil taxis, de todo conteúdo, fica estimado um número de 1.700 mulheres trabalhando como taxistas, ademais foi afirmado que a profissão é escolhida pelas mulheres em razão de:

1) influência do marido ou pai;

2) flexibilidade de horários para trabalhar;

3) possibilidade de um bom retorno financeiro.

De todas as razões apresentadas,  independentemente de qualquer uma das citadas, foi afirmado pelo Presidente da Associação que a avaliação feita por clientes, entre outros na relação da prestação de serviço, foi bastante positiva quanto aos mulheres como taxistas, já que o bom profissional independe do gênero, sendo as mulheres, na maioria mais cuidadosas, zelosas que o sexo masculino no trânsito. Inclusive, foi destacado que a profissão de taxista, exige disposição, organização e paciência para formar carteira de clientes, ouvir comentários, conviver com diversas pessoas diariamente e extremamente diferentes, exigindo qualidade quanto ao profissional, ocorrendo de frente ao fato da mulher ter a capacidade de trabalhar mais de um item ao mesmo tempo, ou seja, administrar diversas funções no mesmo momento e com qualidade.

Apesar de tudo isso, algumas convenções não se alteram. Elas ainda continuam ganhando menos que os homens no mercado, 69% recebem até três salários mínimos contra 49% dos homens. E mesmo sendo vistas como o grupo que busca estabilidade familiar, a pesquisa mostra que a principal aspiração da população feminina brasileira é viajar pelo Brasil, enquanto que a principal aspiração da população masculina brasileira é comprar a casa própria.

“Existe um imaginário social com relação à mulher. Ainda há o pensamento de que lugar de mulher é na cozinha, cuidando do marido e dos filhos, mas nós sabemos que conseguimos ir para qualquer lugar”. “Não que não haja dificuldades porque, biologicamente falando, não é fácil dirigir um caminhão, pegar estrada por horas, conduzir taxi na Capital paulistana, mas não é impossível. É pregado a igualdade entre os gêneros, queremos que os meninos sejam nossos parceiros e não nossos oponentes.”

UBER x ONU Mulheres -} a UBER ter anunciado que até 2020 quer ter na empresa 1 milhão de vagas para mulheres, isso porque as mulheres estão se destacando cada vez mais, além de que a iniciativa é tida como um exemplo de campanha que ajuda a combater a desigualdade de gênero, mas também é vista como uma tentativa da empresa de remediar algumas polêmicas. Com isso, a UBER tem interesse num serviço afim dos usuários escolherem ser conduzidos por mulheres. De qualquer forma, já há mulheres conduzindo carros do Uber. A companhia afirma que, atualmente, elas correspondem a 14% dos 160 mil cadastros de motoristas da versão norte-americana do serviço.

É uma quantidade expressiva, mas que, por outro lado, indica que preencher um milhão de vagas até 2020 vai ser um desafio gigantesco, mesmo se levarmos em conta a proposta de alcance global.

Como a proposta das mulheres na condução de veículo tem crescido muito, hoje em São Paulo foi criado o Lady Driver, o qual visa gerar mais segurança na corrida para mulheres e amenizar problemas de assédio que Lady Driver foi criado, um aplicativo feito por mulheres, com motoristas mulheres e só para passageiras!

A ideia surgiu quando a idealizadora, Gabriela Corrêa, sofreu um assédio durante uma corrida de táxi. Após passar pela situação desagradável, ela procurou pedir corridas em transporte privado, sempre com uma motorista de sua confiança, no entanto nem sempre havia disponibilidade de horários e então, a empreendedora resolveu criar um aplicativo que reunisse só motoristas mulheres.

Lady Driver já está funcionando desde março deste ano, conta com mais de 2 mil motoristas mulheres disponíveis na cidade de São Paulo e Guarulhos e é o quinto aplicativo de caronas ao lado de Uber, Easy Taxi, Cabify e outros.

Estamos no mês de maio, mês das mães, onde era festejado com almoço de domingo tradicionalmente para com as mães e, hoje temos o mês de maio como comemorativo à mães, mas mães professoras, mães domésticas, mães advogadas, mães médicas, mães caminhoneiras, mães taxistas, mães diretoras, entre outras, ou seja, vamos comemorar a evolução da mulher no mercado de trabalho, a evolução da sociedade contra o preconceito, parabenizar a mulher pelo sua dedicação ao profissional, reconhecimento sócio econômico, político, inclusive buscar a igualdade de gênero.

Portanto, que as mulheres, as mães sejam respeitadas, sejam remuneradas sem desigualdade, que a igualdade de gênero seja aplicada no Brasil.

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