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Viagens de verão exigem atitude responsável para evitar acidentes


Por Agência de Notícias Publicado 22/12/2018 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h08
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Viagem de verãoA análise dos dados aponta, ainda, que dezembro é o mês que mais concentra acidentes graves. Foto: Pixabay.com

Com a chegada do verão, a possibilidade de viajar gera expectativas em diversos cidadãos. Contudo, o período também exige reflexão sobre a prudência na estrada, de modo a evitar tragédias e dores de cabeça. Vale destacar que o número de ocorrências aumenta consideravelmente nessa época, segundo dados do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, programa do Governo do Estado que atua para reduzir as fatalidades em ruas e rodovias.

De acordo com o Movimento Paulista, a falha humana é o principal fator de risco, presente em 94% dos acidentes.

“Quando verificamos as estatísticas do Infosiga SP, sistema de dados do Governo Estadual para fatalidades no trânsito, verificamos que o verão é um dos períodos mais críticos. As ocorrências aumentam não somente nas rodovias, mas também dentro das cidades, principalmente as que recebem um grande fluxo de pessoas”, ressalta a coordenadora do programa, Silvia Lisboa.

A análise dos dados aponta, ainda, que dezembro é o mês que mais concentra acidentes graves. Em 2017, foram 523 fatalidades registradas, ampliação de 11% na média mensal (cerca de 470 óbitos). O aumento ocorre sobretudo nas rodovias e supera a casa dos 15%. Entretanto, as vias urbanas concentram mais da metade das fatalidades.

Além disso, regiões com grande fluxo de turistas na época do verão registram crescimento nos acidentes fatais. Na Baixada Santista, o número de óbitos saltou em mais de 30% no último mês de dezembro na comparação com a média mensal. Na região de São José dos Campos, o aumento foi de quase 37%.

Comportamentos

As ocorrências não estão concentradas somente no Natal e no Ano Novo, de acordo com o Infosiga SP, mas ficam distribuídas ao longo de dezembro, principalmente nos finais de semana. “O perigo está principalmente na atitude irresponsável de muitas pessoas”, avalia Silvia Lisboa.

É importante frisar que os principais comportamentos de risco apontados pelo Movimento Paulista consistem no excesso de velocidade, beber e dirigir, dispensar o cinto de segurança e distrações causadas pelo uso do celular.

Para ampliar a segurança durante as viagens, é fundamental respeitar a sinalização e os limites de velocidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aumento na velocidade média está diretamente relacionado à probabilidade de ocorrer uma colisão e à gravidade das consequências do acidente.

Assim, a ampliação de 1 km/h na velocidade média do veículo resulta em aumento de 3% na incidência de acidentes que resultam em ferimentos e ampliação de 4% a 5% no registro de acidentes fatais. No caso dos atropelamentos, o risco de morte de um pedestre adulto é inferior a 20% se for atingido por um carro a 50 km/h, mas chega a quase 60% se atingir 80 km/h.

Resposta

O tempo de resposta em uma situação de emergência também é afetado pela velocidade. Em uma freada a 90 km/h, o veículo demora 40 metros para parar totalmente. Todavia, a 140 km/h, a distância mais que dobra, com o carro percorrendo quase 100 metros.

Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer substância psicoativa aumenta o risco de um acidente que resulte em morte ou ferimentos graves, segundo informações da OMS. Ao dirigir embriagado, o risco de uma colisão no trânsito começa com baixos níveis de concentração de álcool no sangue (TAS) e aumenta significativamente quando o TAS do motorista é maior ou igual 0,04 g/dl.

Segundo informações da Associação Médica Brasileira e do Conselho Federal de Medicina, o risco de envolvimento em um acidente fatal para condutores com alcoolemia entre 0,2 e 0,5g/l é de 2,6 a 4,6 vezes maior do que o de um condutor sóbrio. O risco relativo de se envolver em um acidente fatal como condutor é de quatro a dez vezes maior para motoristas com alcoolemia entre 0,5 e 0,7g/l.

No caso do uso de drogas, o risco de incorrer em um acidente de trânsito é aumentado em diversos graus, dependendo do medicamento psicoativo. A título de exemplo, o risco de um acidente fatal ocorrer entre aqueles que usaram anfetaminas é cerca de cinco vezes o risco de alguém que não o fez.

Cinto

De acordo com a OMS, usar o cinto de segurança reduz o risco de uma fatalidade entre os passageiros do banco da frente entre 40 e 50%. No entanto, muitos ignoram a necessidade de usar o cinto no banco de trás, o que pode reduzir o risco entre 25 e 75%.

O mesmo vale para a segurança das crianças. Se instalados corretamente e usados, os dispositivos de retenção para crianças, as chamadas “cadeirinhas”, reduzem as mortes em aproximadamente 70%. Os óbitos de bebês ficam entre 54% e 80%.

Já a distração causada pelos telefones celulares é uma preocupação crescente para a segurança no trânsito. A OMS alerta que os motoristas que usam celulares têm cerca de quatro vezes mais chances de estarem envolvidos em um acidente do que os condutores que não usam um telefone celular.

O uso de um telefone enquanto dirige diminui os tempos de reação e torna mais difícil manter o veículo na direção correta e a uma distância segura. Dados do NHTSA, a autoridade de segurança de trânsito dos Estados Unidos, mostram que tempo de reação de um motorista completamente concentrado é em média de 0,75 segundo. Caso esteja em uma ligação, o intervalo aumenta para 1,7 segundo.

Por fim, enviar mensagens de texto aumenta o risco de acidente em 23 vezes e fazer uma ligação diminui a atividade cerebral ligada à direção em 37%. Já gastar 2 segundos para ler uma mensagem faz com que condutor fique às cegas por 34 metros, se estiver a 60 km/h, e por 56 metros, caso esteja a 100 km/h.

As informações são do Portal do Governo de SP

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