Uso correto do capacete pode reduzir em 42% o risco de mortes de motociclistas
O uso correto de capacetes pode reduzir em 42% o risco de mortes e em 69% o risco de lesões graves em motociclistas.
O uso correto de capacetes pode reduzir em 42% o risco de mortes e em 69% o risco de lesões graves em motociclistas. A afirmação é da Organização Mundial de Saúde (OMS) que faz um alerta sobre o uso correto dos equipamentos de segurança.
De acordo a OMS, quase metade (49%) das pessoas que morrem nas vias em todo o mundo são pedestres, ciclistas e motociclistas. Por esse motivo, a necessidade do uso de medidas para reduzir o risco de lesões e morte.
“Desde cedo, os homens são mais propensos a se envolver em acidentes de trânsito do que as mulheres. Cerca de três quartos (73%) de todas as mortes no trânsito ocorrem entre jovens do sexo masculino com menos de 25 anos – que têm quase três vezes mais chances de morrer em acidentes de trânsito do que mulheres jovens”, diz a OMS.
Sinistros de trânsito envolvendo motociclistas
No Brasil, os últimos dados disponíveis mostram que o número de motociclistas que perdem a vida no trânsito é cada vez mais preocupante. Conforme o Ministério da Saúde, em 2022 morreram 33.894 pessoas em decorrência do trânsito brasileiro. Dessas, 12.058 eram motociclistas.
Para corroborar com essa informação, o Boletim Proadess (Projeto de Avaliação de Desempenho do Sistema de Saúde), elaborado pelo Laboratório de Informação em Saúde (ICICT) da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra que a morte de motociclistas aumentou de 8% para 33% em 17 anos. Atualmente esse índice está em quase 36%. Além disso, a elevação da taxa de mortes em acidentes com motociclistas repercute também em termos de aumento de gastos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Uso de equipamentos de segurança
Vários fatores influenciam em um maior risco de morte em acidentes com motocicletas. Dentre eles o fato de que são veículos que apresentam menor proteção para o condutor e o passageiro, do que um carro, caminhão ou ônibus. Essa fragilidade aumenta muito se o motociclista ou os passageiros não estão usando capacete, luvas, botas e jaqueta adequada.
Segundo o Manual de Formação de Condutores da Tecnodata Educacional, editora especializada em materiais didáticos de educação para o trânsito, muitos pilotos negligenciam o uso do capacete para pequenos cursos ou em áreas muito conhecidas. “A preocupação com a segurança começa na escolha do capacete adequado ao motociclista e à finalidade”, orienta o material.
Apesar da maioria dos condutores ter acesso a essas informações ao tirar a habilitação, parece que elas se perdem um pouco pelo passar dos anos e por esse motivo é importante reforçá-las.
“O capacete deve ficar firme, bem ajustado na cabeça e sempre bem afivelado. Ele deverá ser substituído sempre que passar da validade, apresentar rachaduras, tiver sofrido vários impactos, estiver com revestimento interno soltou ou com correias desfiadas”, ensina a Tecnodata.
Além do capacete, a viseira, vestimentas, luvas, assim como as botas também fazem parte do rol de equipamentos que promovem mais segurança aos motociclistas. “Esses itens oferecem boa proteção em caso de queda, além de proteger das intempéries e das partes quentes e móveis da motocicleta. É vital também que os motociclistas exibam detalhes em cores refletivas, para que os demais condutores o enxerguem, principalmente à noite”, conclui.