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ONU pede a prefeitos eleitos que não aumentem limites de velocidade


Por Mariana Czerwonka Publicado 05/01/2017 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h31
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Velocidade reduzidaÁrea Calma, polígono na região central de Curitiba no qual a velocidade máxima permitida é de 40km/h. Foto: Luiz Costa/SMCS

A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS), entidade ligada à ONU, pediu aos prefeitos eleitos no Brasil que mantenham os limites de velocidade em vias urbanas inferiores a 50 quilômetros por hora. “Quanto maior a velocidade de um veículo, menor será o tempo que um condutor tem para parar e evitar um choque”, afirmou o consultor da Opas/OMS no Brasil, Victor Pavarino.

O especialista deu exemplos de políticas bem sucedidas voltadas à área, como a de São Paulo, encampada pelo prefeito Fernando Haddad (PT). O seu sucessor, João Doria (PSDB), norteou sua campanha política vitoriosa pelo aumento da velocidade dos carros na cidade. “Retroceder nesses avanços significa um retrocesso não apenas nos resultados estatísticos, mas no marco simbólico que representou a decisão em favor da vida”, afirmou Pavarino.

“Cumprimentamos as iniciativas dos municípios que se empenharam na gestão rigorosa da velocidade. Em memória dos que perderam suas vidas no trânsito, e em respeito àqueles que poderão ser salvos, sigamos os exemplos de Londres, Nova York, Paris, São Paulo, Sydney e Tóquio. Essas cidades reduziram os limites de velocidade nos últimos anos e obtiveram bons resultados“, disse o consultor.

Exemplos

As cidades que obtiveram maior sucesso, de acordo com o Relatório sobre a Situação Global da Segurança no Trânsito 2015, elaborado pela ONU, priorizaram a segurança no trânsito como política pública. Em São Paulo, o número de mortes nas vias das marginais Tietê e Pinheiros, por exemplo, caiu 32,8% em um ano, passando de 73 mortes em 2014 para 49 em 2015. “O fator determinante para a queda foi a redução dos limites de velocidade nessas vias. Caiu, principalmente, o número de mortes dos mais frágeis usuários das vias: os pedestres”, disse Pavarino.

Além da questão humana relacionada ao sofrimento pelas mortes no trânsito, a agência da ONU destaca que os custos econômicos dos acidentes são expressivos, pois, em especial, provocam sobrecarga no setor de saúde. No Brasil, o número de mortes em acidentes de trânsito ultrapassa 40 mil anualmente.

“Há evidências concretas de que velocidades de apenas 5 km/h acima da média em áreas urbanas são suficientes para dobrar o risco de mortalidade nos incidentes”, afirmou.

As informações são da ONU Brasil

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