Cientistas britânicos trabalham no desenvolvimento da tecnologia há dez anos
O Reino Unido espera ter os primeiros testes com veículos autônomos a partir de janeiro de 2015. O Departamento de Negócios, Inovação e Habilidades e o Departamento para o Transporte anunciaram, nessa quarta-feira (30), £ 10 milhões, o equivalente a quase R$ 40 milhões, para uma competição que vai selecionar três cidades para sediar as experiências. O objetivo é que as administrações locais se unam a empresas e organizações de pesquisa para apresentar propostas. Cada projeto deve durar de 18 a 36 meses.
De acordo com o Departamento para o Transporte do Reino Unido, embora os carros autônomos não eliminem a necessidade de investimentos nas rodovias, poderão revolucionar a forma como as viagens ocorrem. Ao comentar a medida, a subsecretária do Departamento, Claire Perry, disse que “carros sem motoristas têm um enorme potencial para transformar a rede de transportes do Reino Unido, melhorar a segurança, reduzir os congestionamentos e também as emissões de poluentes”. Para viabilizar os experimentos nos ambientes urbanos reais, normas regulamentares estão seno revistas.
Uma das metas do incentivo é manter o Reino Unido na vanguarda do desenvolvimento dessa tecnologia. Ao longo dos últimos dez anos, cientistas britânicos, especialmente da Universidade de Oxford, têm trabalhado em modelos de carros que dispensam a necessidade de motorista. Os projetos utilizam sensores instalados nos próprios veículos para viabilizar a navegação.
Documento divulgado no ano passado pelo Departamento para o Transporte com o planejamento de ações para as rodovias britânicas (versão em inglês disponível aqui) destaca a preocupação em aplicar as novas tecnologias em estratégias que melhorem a gestão de informações sobre o trânsito e tornem o fluxo mais seguro, menos congestionado e que cause menos impactos ambientais.
A agência responsável pela administração das autoestradas na Inglaterra, por exemplo, está desenvolvendo novas tecnologias para permitir o gerenciamento de informações diretamente com os veículos, por meio da tecnologia móvel, utilizando, por exemplo, smartphones e dispositivos de navegação por satélite.
A ideia é que o serviço em tempo real, além de beneficiar os passageiros, ajude também os órgãos de fiscalização e os serviços de emergência a prestar atendimentos mais rapidamente, além de facilitar investigações sobre as ocorrências. “Em apenas alguns minutos, um scanner a laser pode capturar informações vitais no local do acidente, como a posição dos veículos na estrada. Isso reduz muito o processo de perícia na coleta de provas na cena. Com isso, a estrada pode ser reaberta mais rapidamente, evitando os congestionamentos. Os números mais recentes mostram que o uso de scanners a laser economiza, em média, 40 minutos em uma investigação”, destaca o documento.
Com informações da Agência CNT de Notícias