Seguro DPVAT não terá reajuste em 2015


Por Mariana Czerwonka

Seguro DPVATO Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres, conhecido como Seguro DPVAT, não terá reajuste em 2015. De acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep), autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, não há necessidade de aumento.

A decisão foi tomada após a área técnica da Susep ter conferido a planilha de custos apresentada pela Seguradora Líder, responsável pela administração do seguro obrigatório. De acordo com a assessoria de imprensa da Susep, diante do resultado positivo das análises das contas a autarquia decidiu que não levaria uma proposta de reajuste.

Esse é o segundo ano consecutivo que o DPVAT não sofre alterações. Com isso, os valores cobrados conforme o tipo de veículo permanecem os mesmos. Nos automóveis, por exemplo, o valor foi mantido em R$ 105,65. Para motocicletas, o DPVAT permanece em R$ 292,01. Os demais tipos de veículos também tiveram o preço de 2014 mantido para o próximo exercício.

De janeiro a setembro, o DPVAT pagou 559.123 mil indenizações por meio da seguradora responsável pelo seguro, a Líder. O número é 25% superior ao visto em igual intervalo do ano passado. Do total, a maioria corresponde a casos de invalidez permanente (77%), mantendo o comportamento observado no mesmo período do ano anterior. Além disso registraram crescimento de 33% ante o mesmo período.

Já os casos de morte, segundo a Líder, tiveram redução de 4% nos nove primeiros meses de 2014 em relação ao mesmo período de 2013. Os pagamentos das indenizações do DPVAT referem-se às ocorrências no período e em anos anteriores, observado o prazo prescricional de três anos para solicitar o benefício do seguro.

O seguro, que é cobrado anualmente, gera receitas para os sistemas de saúde e de trânsito. Segundo a Susep, 50% do que se arrecada com a taxa são destinados ao pagamento de indenizações e à administração das operações do Seguro DPVAT.

Do total arrecadado, 45% são remetidos ao Fundo Nacional de Saúde (FNS), para custeios de serviços de assistência aos que sofrem acidentes de trânsito, e os 5% restantes ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), para programas de educação e prevenção de acidentes. Em 2013, foram repassados R$ 400 milhões ao órgão, conforme informações da Líder.

Sair da versão mobile