Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nossos sites, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar o Portal do Trânsito, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

07 de setembro de 2024

Pesquisa mostra os danos que o trânsito causa à saúde física, mental e financeira


Por Pauline Machado Publicado 21/09/2022 às 21h22 Atualizado 08/11/2022 às 21h03
Ouvir: 00:00

A precariedade na mobilidade urbana afeta negativamente a qualidade de vida e o bem-estar, resultando na piora da saúde física e mental dos condutores.

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Brasília – UnB, em parceria com a Oxford Brookes University, da Inglaterra, e as Universidades Federais do Rio Grande do Sul – UFRGS e de Santa Catarina – UFSC, identificou que a precariedade na mobilidade urbana e trânsito afeta negativamente a qualidade de vida e o bem-estar, resultando na piora da saúde física e mental dos motoristas.

Em paralelo, um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea, revelou que 43,5% dos entrevistados dizem enfrentar congestionamentos todos os dias. Isso equivale a 32 dias por ano, em média, presos no trânsito. Enquanto o tempo de deslocamento nas grandes cidades chega a 127 minutos por dia.

De acordo com Alysson Coimbra, médico especialista em Medicina do Tráfego e diretor da Associação Mineira de Medicina do Tráfego – Ammetra, o fato de perder tempo, saúde e dinheiro quando presos dentro do carro no congestionamento aumenta o estresse e afeta a saúde física e mental do condutor.

E os danos do trânsito a saúde não param por aí.

Os engarrafamentos comprometem também a produtividade dos trabalhadores brasileiros, além de causar gastos ainda maiores com o transporte conforme um levantamento feito pela Quanta Consultoria. De acordo com os dados, os congestionamentos custam R$ 267 bilhões por ano ao País, o que corresponde a 4% do Produto Interno Bruto – PIB.

Capital mais congestionada do Brasil

No Recife, por exemplo, a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano – CTTU, afirmou que em 2021 investiu R$ 8 milhões em serviços de sinalização viária. Como, por exemplo, implantação e manutenção de ciclofaixas, Faixas Azuis, faixas de pedestres e placas de sinalização na cidade.

A capital pernambucana é, inclusive, a capital mais congestionada do Brasil, mesmo em tempos de pandemia. Ainda que, de modo geral, tenha apresentado melhoras no trânsito, a cidade foi a que teve mais congestionamentos em 2021. Estando à frente até mesmo de São Paulo e Rio de Janeiro. Os dados são do levantamento realizado pela plataforma TomTom, empresa especializada em tecnologia de localização.

Os dados apontaram que, das nove capitais brasileiras que integram o ranking anual Traffic Index da TomTom em 2021, Recife foi a que teve o pior desempenho no Brasil.

Em 2019, o nível médio de congestionamento da capital pernambucana foi de 50%, reduziu para 37% em 2020 e já subiu 3% em 2021, chegando à média de 40%. Isso significa que, em média, os tempos de viagem foram 40% mais longos do que costumam ser sem retenções. Ou seja, 92 horas perdidas no trânsito ao longo do ano passado.

Mundialmente, o Recife foi a 24ª cidade com os piores congestionamentos no Traffic Index 2021, apresentando melhora em relação ao ano de 2020, quando o trânsito da cidade, embora eleito mais uma vez o pior do Brasil, ocupava uma posição um pouco acima, entre os 15 piores do mundo.

Receba as mais lidas da semana por e-mail

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *