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26 de dezembro de 2024

Pedestres ocupam o 2º lugar em número de indenizações do DPVAT


Por Mariana Czerwonka Publicado 23/03/2015 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h54
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Segurança dos pedestresOs pedestres perdem apenas para os motociclistas tanto em indenizações por morte quanto por invalidez permanente

Em 2014 foram pagas, pelo DPVAT, 16.252 indenizações por morte de pedestres no trânsito. Esse número representa 31% do total de indenizações pagas por morte no trânsito de janeiro a dezembro de 2014, que foi de 52.226.

O número de indenizações por invalidez permanente, resultante de atropelamentos, também assusta: 115.720 de um total de 595.693, ou seja 20%.  “Os pedestres são os elementos mais frágeis do nosso trânsito e o Código de Trânsito Brasileiro responsabiliza os condutores pela segurança desses usuários”, explica Celso Alves Mariano, especialista em trânsito e diretor da Tecnodata Educacional.

Segundo o especialista, a boa convivência entre condutores e pedestres depende do respeito aos direitos e deveres de cada um. “Além da boa convivência, se todos se respeitarem, certamente teremos um número cada vez menor de acidentes. A melhor maneira de entendermos as necessidades e direitos do outro é se colocando no lugar dele”, explica Mariano.

O especialista lembra ainda que crianças, idosos e deficientes físicos são mais frágeis e podem ter mais dificuldade para concluir uma travessia e, por esse motivo, merecem mais atenção ainda do condutor.

Dicas de segurança

As regras para a travessia de pedestres são detalhadas pelo Código de Trânsito Brasileiro: se houver uma faixa de pedestre ou uma passarela por perto, o cidadão deve optar por elas. Quando houver a faixa e semáforo, as travessias deverão ser feitas na faixa de segurança, sob sinal favorável. Quando não houver semáforo, mas houver faixa, pedestres terão preferência sobre veículos. “Mesmo na faixa de pedestres, é preciso ficar atento à distância e a velocidade dos veículos, porque nem sempre eles vão obedecer à regra de parar para o cidadão passar”, lembra Mariano.

Quando não houver faixa, nem sinalização, o pedestre deverá aguardar na calçada pelo momento oportuno, e atravessar a via na menor distância possível. “O ideal é sempre ter certeza de que o motorista notou a sua presença, procurar atravessar a rua sempre em linha reta, percorrendo a menor distância no menor tempo possível, mas sem correr”, alerta o especialista.

Em vias urbanas, pedestres devem utilizar calçadas e passeios. Em vias rurais, deverão utilizar o acostamento. Onde não houver, deverão caminhar em sentido contrário ao fluxo de veículos, em fila única.

Celso Mariano também chama atenção dos usuários do transporte coletivo. “Nesse caso, é preciso ter atenção redobrada, esperar o ônibus parar totalmente e só depois disso descer, para não ter o risco de tropeçar e cair. Depois, aguardar ele se afastar e aí sim atravessar a via”, orienta.

Outras dicas importantes: evitar caminhar em rodovias à noite e em dias chuvosos; e também em locais isolados ou mal iluminados. Além disso, crianças menores de 10 anos devem atravessar a rua sempre acompanhadas de um adulto.

O especialista destaca que no trânsito a prevenção é fundamental. “Levando em consideração essas dicas, respeitando a sinalização e as leis, com certeza o pedestre pode desenvolver seu sentido de auto preservação, diminuindo as chances de ser vítima de atropelamento”, conclui.

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