Um levantamento recente mostra que o número de amputados no HC dobrou de 2011 para 2012, de 13 para 26. Só este ano já foram 15.
“Dez por cento dos acidentados já perdem o membro no local do acidente. Já chegam amputados e a nós só resta fazer os cuidados normais. Dos outros que chegam aqui, felizmente em 80% dos pacientes a gente consegue preservar o membro”, declara Kodi Kojima, chefe do grupo de trauma do Instituto de Ortopedia da Faculdade de Medicina da USP.
A estatística do Hospital das Clinicas é mais um indício da violência crescente do trânsito. Oitenta por cento dos pacientes amputados se acidentaram enquanto dirigiam motos.
Um ano e quatro meses depois do acidente, Joilson se dedica à fisioterapia.
“Objetivo? Botar minha prótese, ter minha independência e trabalhar”, declara Joilson de Jesus Souza.
Pra Deivid, a história está começando a mudar. Há quatro meses, ele foi atropelado por um carro em alta velocidade guiado por um estudante de psicologia. O limpador de vidros teve o braço arrancado.
Agora se prepara para colocar uma prótese definitiva, que custa R$ 300 mil. Presente de um empresário. “A gente tem que sonhar alto, senão a gente não consegue correr atrás”, diz Deivid.
Os médicos dizem que 40% dos acidentados que sofreram amputações conseguem voltar a ter uma vida normal.
Fonte: Bom Dia Brasil