Em São José dos Campos, o sindicato da categoria oferece essa capacitação de graça, mas a vantagem é destinada somente para associados. “Temos 50 vagas disponíveis. O grande problema hoje é que esses regulamentados já estão colocados no mercado de trabalho e acabam partindo para uma dupla jornada porque tá faltando mão de obra no município e vai piorar a partir da fiscalização”, explica Benedito Carlos dos Santos, presidente do Sindimoto.
Pra tentar ajudar os trabalhadores da categoria que ainda não se adequaram às regras, o Banco do Empreendedor Joseense e o Banco do Povo abriram uma linha de crédito específica para esses profissionais. Para ter acesso a esse crédito, o motociclista precisa ter um alvará da prefeitura, caso ele trabalhe por conta própria, ou então ter a carteira assinada.
O Diretor Administrativo do Banco do Empreendedor Joseense (BEJ), José Alberto Nassur, explica como funciona o empréstimo. “Nós temos duas linhas de crédito. A do Banco do Povo é no máximo de R$ 6 mil com uma taxa de 0,5% ao mês. Então, vamos supor, ele pode pegar e comprar uma moto. O Banco do Empreendedor complementa esses R$ 6 mil, então ele pode pegar mais R$2 mil do Banco do Empreendedor, a uma taxa de 2,7 % para a documentação e para os acessórios da moto”, disse.
Para os motofretistas, esse dinheiro vai ser muito bem-vindo.“Vai ser de melhoria na qualidade das motos. Porque tem muitos que trabalham com motos antigas e vão poder estar trocando pra atender melhor o serviço de motofrete”, afirma Sérgio de Souza, Gerente de motofrete.
Mas quem fizer o empréstimo vai ter que prestar contas.“Nós fazemos a liberação do contrato, ele tem um prazo de 10 a 30 dias pra tá comprando a moto, pra tá comprando os acessórios, pra fazer o curso e trazer essas notas fiscais pra nós. Se ele não fizer essa comprovação, no contrato diz que nós podemos regatar todo o dinheiro antecipadamente”, completa Nassur.
Fonte: G1.com