Uma pesquisa de doutorado feito com 923 condutores pela Universidade de Brasília em parceria com as Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros aponta que 67,2% dos motoristas admitem já ter agredido outras pessoas, ainda que verbalmente, no caos do tráfego. Outros 84% assumem ter cometido os mais variados erros ao volante. Além disso, a chance de uma pessoa infartar até duas horas após um episódio de raiva intensa aumentava 8,5 vezes em relação a um episódio de raiva “normal”, segundo o estudo Triggering of acute coronary occlusion by episodes of anger publicado no periódico científico European Heart Journal: Acute Cardiovascular Care.
A resposta para tantas ações de irritabilidade é simples, no trânsito todos são obrigados a conviver com uma porção de pessoas desconhecidas, com pensamentos, hábitos e ideias distintas, ou seja, todos estão inseridos, no mesmo local e são sabem aceitar atitudes diferentes daquelas que julgam correta. Claro, existem leis, existe o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) que está aí para fazer valer a mesma regra para todos, mas sabe-se que na prática isso não funciona. Motoristas aceleram no sinal amarelo para dar tempo de passar, é uma tal de buzina para todo lado, fechadas no trânsito? Muito comum, parar na faixa de pedestre, esquecer-se de ligar a seta, a lista é grande, bem grande. E como conviver com tudo isso? Ora motoristas, conviver em sociedade, sem dúvida é muito difícil, imagine se o stress tomar conta de tudo o que acontecer durante os trajetos diários?
O primeiro passo começa sempre em conhecer todas as regras que regem o trânsito, depois educação e bom senso são importantes para uma boa convivência. Por último adotar uma cultura de paz pode transformar os trajetos mais prazerosos e incitar muito menos raiva no trânsito.