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Mortes no trânsito: até quando?


Por Mariana Czerwonka Publicado 13/08/2015 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h46
 Tempo de leitura estimado: 00:00
Joel Garcia da Costa*
Mortes no trânsitoNo último ano mais de 650 mil pessoas no Brasil, segundo números oficiais do DPVAT, foram atingidas em cheio pela acidentalidade que gera tristeza todos os dias em nosso país. Destas, mais de 40 mil perderam suas vidas enquanto as demais ficaram sequeladas permanentemente e vão viver pelo resto de suas existências dependendo de benefícios sociais custeados pelos brasileiros.
Aqui já cabe uma pergunta, o que é melhor: morrer ou ficar numa cama ou cadeira de rodas pelo resto da sua vida?
É uma questão difícil de se responder, porque primeiramente não podemos escolher a saída mais fácil, no caso o fim de nossa vida, afinal, ela nos foi dada de presente, o melhor de todos, e não cabe a nós buscar essa medida que no mínimo podemos classificar como covarde.
A segunda alternativa é viver, dependendo de tudo e de todos, driblando a insensibilidade, a falta de acessibilidade, enfim, sobreviver num mundo construído e edificado para as chamadas pessoas “normais”.
O que pode ser feito para estancar essa realidade chocante e crescente, que se mantem no primeiro trimestre de 2015, segundo dados do mesmo DPVAT?
Minha resposta é simples, tal eu mesmo: investimento maciço em Educação de Trânsito e tecnologia para fiscalização daqueles que insistem em permanecer no erro.
Essa educação que cito deve ser amplamente reforçada durante a formação do condutor, num sistema que hoje muitos criticam e definem como falho, e em complemento, a chamada reciclagem deve ocorrer em curto espaço de tempo para que a mensagem seja assimilada ao cidadão no decorrer de sua maturidade.
Quanto à fiscalização eletrônica de todos os tipos deve ser aperfeiçoada de tal forma que os menores erros e que normalmente resultam em acidentes graves possam ser reduzidos e legislação de trânsito, já ampla, possa ser efetivamente cumprida, sendo um fundamental complemente à educação citada.
Quem discordar de mim não sofreu ainda nenhum mínimo impacto do que a violência do trânsito pode causar a uma família ou a um simples conhecido. Nas palestras que ministramos sobre o tema é comum pessoas se emocionarem de tal forma descontrolada, quando se deparam com vídeos ou comentários nossos que a fazem reviver o momento da tristeza da perda do ente querido. Isso ocorre porque a morte no trânsito se dá de forma violenta e inaceitável, não é um acaso comum do destino ou até enxergado como uma ação direta do Nosso Criador. E a ferida que causa naqueles que ficam pode até cicatrizar, mas a dor permanecerá presente enquanto esse ser existir…
*Joel Garcia da Costa é Chefe da Seção de Gestão do Transporte Coletivo, Responsável pelo Setor de Estatísticas do Departamento Municipal de Trânsito da Secretaria de Obras e Serviços Públicos da Prefeitura Municipal de Itatiba

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