Pesquisar histórico de carro usado ou seminovo antes da compra evita problemas. Saiba como!
Veja medidas simples que ajudam motoristas a terem menos dor de cabeça e sentirem mais segurança no negócio.
A compra de um carro usado ou seminovo é uma prática muito comum entre os brasileiros e requer atenção e alguns cuidados dos motoristas. Mesmo que possam ser boas opções, pelos preços mais acessíveis que os dos modelos zero-quilômetro, essas aquisições tendem a ser arriscadas se o comprador não verificar a procedência do carro.
Desta forma, conhecer o histórico do automóvel que vai comprar é fundamental. Inclusive, para não ter prejuízo e evitar dores de cabeça com problemas desnecessários e possíveis fraudes. Portanto, pesquisar dados de registro, vistorias oficiais e até antecedentes dos donos, por exemplo, só aumenta a segurança do negócio.
Segundo a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), quase 12 milhões de veículos usados ou seminovos foram vendidos no Brasil em 2022. Esse volume anual tão grande faz com que motoristas redobrem a atenção em alguns aspectos, para que o barato não saia caro.
Neste contexto, defeitos ocultos, quilometragem adulterada, documentação irregular e multas atrasadas estão entre os problemas que podem ocorrer na compra de um carro nessa situação. Ainda há uma chance alta, nesses casos, de se configurar um golpe.
Além disso, existe o risco de o veículo já ter sido roubado ou leiloado.
Para fazer essa averiguação, é preciso adotar certos procedimentos antes da compra. Ainda que algumas informações sejam trabalhosas de encontrar e existem empresas especializadas nesse serviço, é possível que os motoristas façam essa avaliação sozinhos, desde a verificação do histórico até a consulta da placa do veículo, por exemplo, de acordo com o portal Auto Shopping.
Nas empresas, a vistoria veicular digital — documentação virtual do estado do carro feita por meio de fotos e vídeos, à distância, pelo celular — se destaca como um dos serviços mais conhecidos e pragmáticos.
O que fazer?
Buscar saber se o veículo possui chamado de recall (anúncio da montadora que convoca modelos para consertos de defeitos de fábrica) é uma das medidas iniciais. Este procedimento está previsto em lei no Código de Defesa do Consumidor (CDC). É possível acessá-lo no site do Ministério da Justiça, do Governo Federal ou até no Portal de Serviços da Senatran.
Ainda na pesquisa do histórico, verificar multas e restrições pelo Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN) está entre as consultas prioritárias.
No site do órgão, utilizando o número do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) do carro e o CPF ou CNPJ do proprietário, é possível saber se há alguma pendência que impossibilite a transferência de titularidade.
Na mesma plataforma, consultas de pagamentos de multas e do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), podem ser feitas. Além, também, da taxa de licenciamento e de queixas de roubos ou furtos, conforme o portal Auto Shopping.
Além da vistoria veicular, feita para averiguar o estado do carro assim como de suas peças, procurando possíveis avarias, recomenda-se fazer uma consulta sobre acidentes. Esta pode ser feita a partir do Certificado de Segurança Veicular (CSV).
Uma vez que o golpe da quilometragem adulterada, ou seja, quando o hodômetro mostra uma rodagem menor que a real, é comum e considerado crime, questionar o uso do carro e se ele pertenceu a locadoras são boas alternativas. Checar o estado dos pneus ajuda, já que um jogo costuma durar 30 mil quilômetros. Por exemplo, se o ponteiro marcar 20 mil, o carro deve estar com os pneus originais. É possível aferir essa informação pela data impressa neles.
A procura pelo histórico de revisões deve ser feita a partir dos carimbos feitos no manual do carro, ou na loja da concessionária responsável. Esse procedimento pode ser feito apenas com o número da placa do veículo.