Mais de 25 mil indenizações por morte foram pagas em 2014


Por Mariana Czerwonka

Mortes no trânsitoA seguradora Líder, administradora do seguro DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres), divulgou seu balanço oficial de indenizações pagas durante o primeiro semestre no Brasil. De janeiro a junho foram pagas 25.181 indenizações por mortes no país, média de 4.196 mortes a cada mês. Houve queda de 13% no total de óbitos em relação ao mesmo período em 2013.

Ainda assim, são números elevados. Apenas como referência (deixando de lado, claro, a paridade entre as duas situações, bem como a diferença populacional), o conflito entre israelenses e palestinos na Faixa de Gaza deixou pelo menos 2.165 mortos, entre soldados e civis de ambos os lados, entre 8 de julho e 23 de agosto. A média mensal do conflito ficaria em torno de 1.382 baixas —  entre as regiões.

Nos Estados Unidos, os dados mais recentes apontam 7.150 mortes de janeiro a março, segundo a NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration, equivalente americano ao Denatran) – a média seria de 2.383 vítimas fatais ao mês. O país tem frota que pode ser estimada em 260 milhões de veículos, enquanto o Brasil caminha para pouco mais de 42 milhões.

MOTO É FRÁGIL 
Dos mortos no trânsito brasileiro, o maior grupo de vítimas está entre motociclistas. Até junho, foram 7.977 óbitos entre pilotos de motocicletas; pedestres vitimados chegam a 7.806; motoristas de automóveis em geral, 4.532; por fim, 4.866 passageiros morreram no período.

Como o colunista de Fernando Calmon já havia alertado, as motos representam em torno de 25% da frota total de veículos, mas respondem por mais de 40% das mortes.

Homens seguem se envolvendo em 75% dos acidentes fatais. E jovens constituem o grupo mais afetado, de modo geral, uma vez que 55% dos acidentes fatais ocorrem com pessoas que têm entre 18 e 34 anos.

Indenizações em alta
Segundo a Líder, o total de indenizações pagas de um modo geral aumentou, um dado que tem seu viés positivo ao indicar um aumento na procura pelo ressarcimento. Como o DPVAT indeniza todas as vítimas de acidentes — motoristas, passageiros e pedestres –, acaba sendo aceito como indicador da violência no trânsito, ainda que não a única (há ainda dados do Denatran e do Ministério da Saúde).

O seguro oferece coberturas de danos por morte e invalidez permanente, além do reembolso de despesas médicas e hospitalares (Dams) e o total das três ocorrências entre janeiro e junho foi de 340.539 benefícios pagos (alta de 14% para 2013, quando foram pagas 299.290 indenizações).

Há um lado negativo: o total de indenizações por invalidez permanente subiu 21% em relação a 2013, chegando a 259.845 pagamentos.

Fonte: UOL Carros

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