O projeto foi desenvolvido a partir da “Hackatona”, evento promovido em março pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) em que foram abertos ao público os bancos de informações do trânsito e do sistema de transportes, com o intuito de estimular a criação de ferramentas eletrônicas que auxiliem nos deslocamentos das pessoas em São Paulo.
O empresário Tiago Barufi, de 40 anos, em parceria com dois amigos, todos ciclistas contumazes, usou os dados para criar o aplicativo que calcula o melhor caminho para quem quer andar de bike entre dois pontos no Município. “Usamos um mapa altimétrico da Prefeitura para ponderar quanto esforço é feito em cada percurso. Na maior parte dos casos, se o ciclista fizer caminho um pouco mais longo, consegue contornar os locais íngremes.”
A iniciativa rendeu ao grupo a segunda colocação na “Hackatona”, garantindo-lhes R$ 7 mil. Hoje, a empresa de Barufi, chamada The Box, busca parceiros para aprimorar alguns aspectos do aplicativo e também lançá-lo para iPhone – por enquanto, só está disponível para o sistema Android.
Além dos dados do Município, o Bicidade usa a geocodificação do Google. “Mas para roteirizar usamos o mapa do nosso servidor. Em alguns casos, a via está errada, ou virou contramão. É mais uma coisa que pretendemos conquistar, uma licença de mapas mais moderna”, diz Barufi.
Opção
O empresário compara seu aplicativo ao Waze, usado por motoristas para fugir das rotas congestionadas. O cicloativista Willian Cruz, editor do site “Vá de Bike”, diz que nem sempre o Bicidade informa as melhores rotas. “Tenho impressão de que evita as grandes avenidas, então o trajeto não é sempre adequado para mim, pois a volta fica grande. Uso para uma consulta. E uso também o Google Maps, escolhendo um meio-termo entre a sugestão para carros e pedestres.” Desde setembro, o Bicidade foi baixado por mais de 800 pessoas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.