Os dados sobre o frete por aplicativo são da 7ª edição do Relatório Transporte Rodoviário de Cargas, apresentados pela Fretebras. Veja informações!
Somente no primeiro trimestre de 2022, o volume de fretes rodoviários no Brasil movimentou o total de R$18 bilhões. Os dados são da 7ª edição do Relatório Transporte Rodoviário de Cargas, apresentados pela Fretebras – empresa especializada no desenvolvimento de soluções para o setor de transporte. O levantamento também identificou alta de 38,6% no volume de frete rodoviários no Brasil contratados através de aplicativo no primeiro trimestre de 2022, na comparação com o mesmo período de 2021. Fato que, conforme o estudo, solidifica que o setor de transporte de cargas está cada vez mais digitalizado.
Destaques sobre o frete por aplicativo
Dentre os estados, o destaque ficou para Minas Gerais, que representou 16,7% do total de fretes contratados através da plataforma no primeiro trimestre de 2022. O aumento foi de 70% em relação ao ano passado.
Tal posicionamento fez o estado subir três pontos percentuais no período, ocupando o segundo lugar do ranking, atrás somente de São Paulo.
A movimentação de insumos para a construção foi responsável por mais da metade dos fretes do setor (52,8%), representando 43% originados em Minas, uma alta de 113% no comparativo do mesmo período em 2021.
Dentre os insumos transportados, o principal foi o cimento, responsável por quase 80% dos fretes do setor no período apurado pelo levantamento, tendo um crescimento de 164% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Outro setor que teve significativo crescimento neste cenário foi o agronegócio. Os fretes responderam por quase um quarto dos originados no estado durante o primeiro trimestre deste ano.
No agronegócio, os produtos mais transportados foram os fertilizantes, com 44 mil fretes. Um crescimento de 79% em comparação com o primeiro trimestre do ano anterior.
Movimentação pelo País
No período da apuração (primeiro trimestre de 2022), os setores que movimentaram o Brasil foram o agronegócio, a indústria e a construção, que representa mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Enquanto o agronegócio corresponde a 37,4% das cargas registradas na plataforma da Fretebras e cerca de R$ 6,7 bilhões em fretes distribuídos.
Na sequência aparecem os produtos industrializados, que originaram 27,7% e movimentaram cerca de R$ 5 bilhões. Nesse sentido, dentre os mais transportados estão os alimentícios com 19%, seguidos por máquinas e equipamentos (11,2%) e siderúrgicos (9,9%). Os estados de maior destaque no desempenho do segmento foram São Paulo (28,1%), Paraná (13,4%) e Minas Gerais (11,2%).
Entre os insumos para construção mais transportados estão o cimento, com 53,1%, bem como as telhas, com 5,9% e os pisos, com 4,8%. Juntos, representam 13,6% das cargas registradas na Fretebras no ano passado, movimentando R$ 2,4 bilhões.
O levantamento registrou ainda que, em relação ao primeiro trimestre de 2021, houve alta de 68,5% em 2022 no volume de fretes da categoria. Além disso, os estados que mais carregaram insumos no setor foram Minas Gerais (52,8%), São Paulo (10,7%) e Paraná (4,6%).
Informatização do setor
Por fim, o relatório também identificou mudanças no perfil das transportadoras e dos caminhoneiros. Estes estão cada vez mais conectados, sendo mais de 695 mil cadastrados na plataforma da Fretebras.
Do mesmo modo, as transportadoras estão cada vez mais informatizadas, recorrendo aos aplicativos na busca por caminhoneiros autônomos para realizar os transportes.
De acordo com a Fretebras, o forte movimento das empresas na busca por soluções digitais visando a contratação de caminhoneiros para seus fretes, continua impulsionando o crescimento de transações na plataforma e transformando o setor de transportes e logística como um todo, fazendo com que o mercado consiga se preparar melhor para enfrentar as condições adversas enfrentadas no primeiro trimestre, como a guerra da Ucrânia, as constantes altas da inflação e dos juros e a recuperação pós-pandêmica.
A Fretebras ressalta que o mercado tem notado que, mesmo com a alta do combustível, por exemplo, a contratação de autônomos usando aplicativos de frete tem gerado economias de 20% a 30% quando comparado com frota própria.