Por mais que uma parte dos acidentes seja causada por falha humana, os dados destacam que erros na estrutura viária têm o potencial de agravar as consequências.
Em atenção à tendência mundial de evitar acidentes e mitigar as suas consequências, a CNT (Confederação Nacional do Transporte) publicou o informe Transporte em Foco com o tema: “Rodovias que Perdoam”.
O documento discorre sobre a importância do planejamento viário e da adequação da infraestrutura rodoviária. O objetivo é aplacar os erros na condução, fatores que se destacam dentre as causas de acidentes no mundo.
A construção de áreas de escape nas vias e a instalação de dispositivos de contenção e sonorizadores são apontados como ações propositivas para um trânsito seguro.
Acesse o informe Transporte em Foco
“A melhoria na segurança viária em decorrência de investimentos em um trânsito mais seguro tem sido uma prática em vários países. No Brasil, é preciso incentivar as iniciativas para a adoção desse conceito, que pode contribuir para reduzir mortes e lesões em decorrência de acidentes de trânsito”, ressalta o presidente da CNT, Vander Costa.
Apesar do entendimento da importância de preparar as vias para minimizar o erro humano e da existência de algumas iniciativas nesse sentido, o Brasil ainda está longe do cenário ideal de segurança com base na aplicação do conceito rodovias que perdoam.
Em 2020, os custos de acidentes de trânsito em rodovias federais no país corresponderam a R$ 10,2 bilhões.
Por outro lado, na totalidade desse mesmo ano, foram investidos pela União em adequação e manutenção das rodovias, no país, apenas R$ 6,7 bilhões, conforme aponta levantamento da CNT. Segundo a Pesquisa CNT de Rodovias 2019, em apenas 11,3% da extensão viária pesquisada (108.863km), os dispositivos de proteção contínua (defensas) estão presentes, quando necessários, em todo o percurso.
A comparação dos dados evidencia que os benefícios decorrentes da redução de acidentes não apenas seriam superiores aos custos de implantação do conceito de rodovias que perdoam, mas também amplamente justificados. E, por mais que uma parte significativa dos acidentes seja motivada pela componente humana, os dados destacam que falhas na estrutura viária têm o potencial de agravar ainda mais as consequências.
As informações são da Agência CNT Transporte Atual