Pesquisa apresenta perfil e prioridades dos caminhoneiros do setor graneleiro
O estudo se destacou por dar voz aos protagonistas da estrada: os motoristas de caminhão.
Os motoristas que atuam no setor de transporte de grãos no Brasil aderiram em massa à digitalização e tem no smartphone seu maior aliado para comunicação, operações financeiras, trabalho e lazer. Esses são alguns dos achados apresentados LogFintech Strada no evento “Desvendando a Safra 2024”, realizado no Cubo Itaú.
De acordo com Rodrigo Koelle, CEO da Strada, o estudo ouviu 536 caminhoneiros ao todo. Desses, 258 (48,13%) motoristas de caminhão de frota – CLT e 278 (51,78%) motoristas de caminhão autônomo – TAC.
O estudo se destacou por dar voz aos protagonistas da estrada: os motoristas de caminhão.
Com um universo amostral de caminhoneiros autônomos e de frotas, a pesquisa buscou entender seus hábitos, preferências e perspectivas, especialmente no que concerne ao transporte de bens a granel.
“O estudo explorou temas como acesso à informação, interações em postos de combustíveis e locais de carregamentos, hábitos de pagamento e segurança”, afirma Rodrigo Koelle, CEO da Strada.
Principais Achados da pesquisa com os caminhoneiros
Por amostragem, constatou-se que a maioria dos caminhoneiros ouvidos atua há mais de 20 anos no setor. Além disso, possui em média 43 anos, embora o maior grupo (25%), tenha mais de 48 anos. Mais de 80% deles são casados ou vivem em união estável e 90% deles têm pelo menos um filho, sendo que o maior grupo, de 35%, possui dois. “Ainda temos desafios, mas já podemos dizer que o caminhoneiro brasileiro entrou definitivamente na era digital, inclusive como instrumento de trabalho e obtenção de carga”, destaca.
Segundo Koelle, estes profissionais têm uma inclinação para usar uma variedade de ferramentas para pegar fretes.
Como, por exemplo, aplicativos de carga (97%), grupos do WhatsApp (69%) e agenciadores (36%). Também para realizar suas operações financeiras, constatou-se que esses caminhoneiros CLTs usam vários meios de pagamento. No entanto, priorizam o uso do cartão (75%), sendo esse índice um pouco menos nos TACs (71%).
E ao selecionar um posto de combustível em 2024, as prioridades são a segurança (71%) e a opção de estacionamento para pernoite (63%). A qualidade das vias de acesso (57%) e infraestrutura (56%) são cruciais ao escolher um local para carregamento.
Os Caminhoneiros Autônomos (TAC) também aderiram às ferramentas digitais, sendo que 91% deles utilizam aplicativos de Carga. Muitos planejam usar a Internet móvel (45%) como principal ferramenta de rastreamento em 2024. Uma tendência observada é a inclinação para o uso reduzido de seguros de carga entre os TACs. Isso é diferente dos CLTs que utilizam mais os seguros contra roubo de carga e veículo.
Entre as preocupações, o preço do combustível supera a questão de segurança entre os autônomos para escolha de postos de combustível. Outros fatores importantes na escolha do carregamento a transportar, quando isso é possível, são a velocidade de embarque e a emissão de documentos para carregamentos em fazendas.
A pesquisa com caminhoneiros, que ocorreu de 25/09/2023 a 06/10/2023, foi aplicada por diversos canais, como aplicativo, email, WhatsApp e telefone. Ela reflete não apenas os comportamentos atuais, mas também as expectativas futuras, fornecendo insights valiosos para stakeholders no setor de logística e agronegócio.
Desvendando a Safra 2024
Realizado no início de novembro, no Cubo Itaú, em São Paulo, o evento “Desvendando a Safra 2024” foi organizado pela Strada e a Grão Direto. Ele reuniu produtores, CEOs, gerentes e diretores do setor de logística no agronegócio. O objetivo foi discutir as perspectivas da próxima safra, com foco em temas como logística, mercado de grãos e tendências tecnológicas.
Tanto o evento como a pesquisa fazem parte da estratégia da LogFintech de utilização de dados e compartilhamento de informações para aprimoramento e eficiência da logística. “A Strada fundamenta sua atuação em um entendimento profundo da jornada dos nossos stakeholders, incluindo seus desafios, rotinas e nuances individuais. Esse conhecimento enriquece não apenas nossa empresa, mas também o setor como um todo. Dessa forma, equipando-nos com as ferramentas necessárias para enfrentar de forma proativa os desafios futuros”, acrescentou Rodrigo Koelle, CEO da Strada.