Com o objetivo de evitar o déficit de 1,5 milhão de motoristas profissionais no Brasil, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, assinou, no final de janeiro, o protocolo de intenções com o presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Vander Costa. O intuito é qualificar o público do Cadastro Único com a aquisição de carteiras profissionais para dirigir ônibus ou caminhões. O protocolo atende diretamente às demandas de emprego das empresas de transporte, preenchendo as vagas disponíveis e impulsionando a economia.
“A gente vai trabalhar para ir ao Cadastro Único e dar oportunidade para que essas pessoas possam ter uma qualificação adequada, feita por quem entende do setor de transportes. A partir daí, é criar um cadastro-reserva para que as empresas façam a contratação”, comunicou o ministro Wellington Dias.
Ele acrescentou ainda, que o emprego formal gera mais segurança para as pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade. “Além do salário, a pessoa terá direito aos benefícios do próprio setor de transporte, suporte à saúde, inclusive odontológico, ou seja, um conjunto de benefícios de um emprego seguro”, atestou.
Perspectivas do acordo
O protocolo garante a capacitação, por parte da CNT, dos inscritos no Cadastro Único interessados em obter carteira profissional de ônibus ou caminhão. Ao concluir a formação, terão grandes chances de sair empregados, com salários acima de R$ 3 mil, em média, além de uma série de benefícios como plano de saúde e FGTS.
Vander Costa, presidente da CNT, ressalta que o objetivo da ação é qualificar a mão de obra para as empresas de transportes. “A demanda por motoristas profissionais já existe. Ou seja, a gente quer utilizar o convênio para pegar pessoas do Cadastro Único e transformá-las de motoristas comuns para motoristas profissionais”.
Ainda de acordo com ele, a demanda das empresas de transporte não fica restrita aos grandes centros, mas é uma realidade em todo o Brasil.
“A gente está garantindo a qualificação e o emprego. Todos aqueles que aceitarem o desafio vão sair, com certeza, com carteira profissional assinada, que garante todos os benefícios do trabalhador formal. Isso porque as vagas já existem”. Por fim, o secretário de Inclusão Socioeconômica, Luiz Carlos Everton, reforça que a parceria entre o MDS e a Confederação vai além do emprego, pois abrirá possibilidades de empreendedorismo. “A confederação vai promover feiras de empreendedorismo em todo o país, em que o MDS fará parte, incentivando as pessoas do Cadastro Único que têm o perfil para empreender”, findou.