Como funciona uma Rede Integrada de Transporte?
225 mil passageiros circulam na Região Metropolitana de Curitiba. Saiba os desafios para evoluir o serviço da Rede Integrada de Transporte que liga a capital às cidades do entorno
Primeiramente, a cada dia, cerca de 225 mil passageiros circulam pela Rede Integrada de Transporte (RIT) em Curitiba e na região metropolitana. Criada na década de 70, a integração existente na capital paranaense, com linhas que levam passageiros para outras cidades no entorno da região, já passou por diversas transformações.
A administração da RIT atualmente é da Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (AMEP) – antiga Comec – em parceria com a URBS. A propósito, 19 empresas de ônibus cuidam das linhas de ônibus dos municípios da região metropolitana.
Só para ilustrar são 16 terminais metropolitanos ao todo. Desses, 15 estão localizados nas cidades da Região Metropolitana e um em Curitiba (Terminal Guadalupe).
Lembrando que a Associação Metrocard é a empresa que administra os cartões de transporte na região metropolitana.
Desafios atuais da rede integrada de transporte
Nos últimos anos, houve uma queda de usuários no transporte coletivo, segundo nota enviada pela assessoria de imprensa da AMEP.
“Por diversos fatores, inclusive o grande incentivo por parte do Governo Federal para a aquisição de veículos particulares, como estamos vendo agora novamente. Essa queda de usuários gera um efeito cascata na queda da arrecadação e consequentemente nos recursos para a realização dos investimentos necessários” destaca a assessoria de imprensa da AMEP.
A pandemia da Covid-19 também contribuiu para a diminuição de usuários. Por consequência (e seguindo a mesma lógica de Curitiba), algumas linhas de ônibus na RMC já operam sem cobrador, transferindo a função para o motorista.
Isso ocorre porque as linhas de ônibus ainda aceitam dinheiro como forma de pagamento. Por outro lado, em Curitiba aceitam somente aceita cartão usuário, cartão de débito ou crédito (por aproximação).
A exceção vale apenas nos tubos espalhados pela cidade, que ainda possui cobrador. Por fim, a nota destaca que não houve mudanças na “pós-pandemia”.
Extinção da Comec e a criação do Conselho do Transporte Coletivo
A AMEP foi criada em janeiro deste ano, em substituição à Comec. Na época, a Comec coordenava apenas a Região Metropolitana de Curitiba.
Além da capital paranaense, o órgão coordena as regiões metropolitanas de Londrina, Maringá e Cascavel.
Além disso, no ano passado foi criado o Conselho de Transporte Coletivo de Curitiba e Região Metropolitana. O foco desse conselho é formular políticas e implementar programas voltados ao desenvolvimento do transporte coletivo na região.
Segundo a nota enviada ao Portal do Trânsito pela assessoria de imprensa da AMEP, o órgão tem realizado investimentos em infraestrutura. Alguns exemplos são:
- a construção de dois novos terminais (Piraquara e São José dos Pinhais);
- a renovação de frota;
- a ampliação de atendimentos;
- e por último na elaboração da modelagem da concessão do sistema – que deverá acontecer ainda neste ano.
Leia no Portal do Trânsito: