Quando o assunto é a saúde do motorista de ônibus, pesquisas apontam que 57% desses profissionais consideram a profissão desgastante, estressante ou fisicamente cansativa.
De acordo com uma pesquisa realizada em 2016, pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), 57% dos motoristas de ônibus consideram a profissão desgastante, estressante ou fisicamente cansativa. Os números são da primeira Pesquisa CNT (Confederação Nacional do Transporte – Perfil dos Motoristas de Ônibus Urbanos).
Antes de tudo, vale ressaltar que a saúde no trabalho deve estar sempre em primeiro lugar. Entretanto, não é o que acontece na prática.
Conversamos com um profissional da área – que preferiu não se identificar – e ele relata que a empresa onde trabalha ignora a saúde do funcionário. Além disso, o motorista menciona sobre a necessidade de um plano de saúde adequado aos motoristas e sobre melhores condições de trabalho.
“A empresa em nenhum momento se preocupa com a saúde do colaborador. É nós por nós”, relata.
Motoristas de ônibus: as doenças ocupacionais mais comuns
Com a saúde do profissional debilitada, são diversos os relatos de doenças causadas pelo excesso de trabalho. Alguns dos quadros mais comuns são:
- Lesão por Esforços Repetitivos (LER)
- Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT)
- Problemas de visão
- Asma ocupacional
- Dermatose ocupacional
- Perda auditiva
- Doenças psicossociais
- Problemas na coluna
Por outro lado, a contaminação do trabalhador pela Covid-19 pode ser considerada uma “doença ocupacional”. No auge da pandemia, por exemplo, motoristas e cobradores de ônibus ficaram expostos à doença.
De acordo com nota enviada à redação do Portal do Trânsito pela assessoria de imprensa do Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba (Setransp), a saúde do motorista e cobrador é um tema crucial e presente.
“A saúde dos colaboradores do transporte coletivo de Curitiba é um tema de especial importância para as empresas de ônibus. Afinal, eles trabalham todos os dias com o transporte de vidas em um ambiente dinâmico e desafiador como o trânsito”, destaca a nota.
Além disso, a nota também afirma que as empresas de ônibus mantêm profissionais de saúde em seus quadros para atender prontamente a necessidade dos colaboradores.
A assessoria das Empresas de Ônibus de Curitiba e região também ressalta sobre a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT), que promove campanhas de conscientização como Maio Amarelo, Novembro Azul e Outubro Rosa, por exemplo.
Outro ponto que vale ressaltar é que os motoristas de ônibus da capital paranaense têm prioridade durante as campanhas de vacinação realizadas em Curitiba.