A Tembici vai receber do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) um financiamento no valor de R$ 84,6 milhões para investir no plano de inovação para os anos de 2024 a 2026. Conforme a empresa, os investimentos deverão ser alocados em Pesquisa & Desenvolvimento com foco em inovação e aprimoramento contínuo nas bicicletas e estações desenvolvidas pela Companhia, por meio do Tembici Labs. Além disso, melhorias na experiência do usuário e otimização de funcionalidades com o novo software e aplicativo de compartilhamento de bicicletas. O objetivo é o aperfeiçoamento na infraestrutura digital e processamento de dados em nuvem.
Esse é o segundo apoio do banco à empresa Tembici e ao setor de micromobilidade urbana. Este inclui transportes de veículos leves que circulam a uma velocidade de até 25 km/h e normalmente utilizados para viagens de até 10 km de distância. O primeiro financiamento possibilitou a estruturação do Tembici Labs, Centro de Inovação e Pesquisa que desenvolveu modelos de bicicletas e estações próprias. Além disso, o financiamento possibilitou fortalecer a cadeia de fornecedores locais e o crescimento da nacionalização de insumos para a produção de bicicletas e estações.
“O investimento em mobilidade sustentável é uma das missões da Nova Indústria Brasil, do governo do presidente Lula. Nesta operação, além de promover a locomoção sem emissão de CO2, estamos financiando a inovação, fator fundamental para o desenvolvimento e estruturante para colocar o Brasil no caminho da neoindustrialização”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
“O projeto apoiado vai permitir inovações tecnológicas importantes para a gestão e o planejamento dos sistemas de gestão da micromobilidade nas cidades”, destaca Luciana Costa, Diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES. “Além disso, ao buscar reduzir a dependência de fornecedores estrangeiros, o projeto contribui para o desenvolvimento da indústria e da cadeia de fornecedores no Brasil”, completa.
Nova Indústria
Mobilidade sustentável para integração produtiva e o bem-estar nas cidades, como o compartilhamento de informações de trânsito, localização, clima e poluição, são missões que o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), recriado em 2023, definiu e que apresenta uma nova política industrial para impulsionar o desenvolvimento nacional até 2033.
O apoio a Tembici contribui, por meio de tecnologia e inovação, para o planejamento da locomoção urbana em parceria com o poder público. E de forma indireta, pode-se dizer que os recursos do BNDES possibilitarão a redução da emissão de CO2, gerando mais créditos de carbono nas cidades.
“Com este financiamento do BNDES reforçamos o nosso comprometimento com a mobilidade ativa e sustentável, questão que permeia o DNA da Tembici, e também pauta nossos próximos passos estratégicos. A iniciativa não só fortalece nossa posição de liderança lationamericana no setor, mas também impulsiona nossa capacidade de competir de forma ainda mais eficaz nas soluções completas para o mercado global de micromobilidade compartilhada. Assim, estamos preparados para elevar o patamar de nossos serviços, entregando mais valor à sociedade, aos nossos clientes e acionistas, e contribuindo para o desenvolvimento sustentável das cidades”, afirma Leandro Fariello, CFO da Tembici.
Transporte
A micromobilidade compartilhada oferece benefícios individuais e coletivos, na saúde, na qualidade de vida assim como também economicamente, se comparada com outros meios de transporte. Também é possível combinar a bicicleta compartilhada com os demais formatos de transporte de massa. Ou seja, isso resulta na racionalização da organização viária e democratização de espaços públicos, além da redução da poluição.
BNDES Mais Inovação
O programa tem dotação orçamentária de até R$ 20 bilhões para um período de quatro anos. O instrumento é parte da estratégia que o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) definiu para promover a neoindustrialização no país. Assim, contando com a participação do BNDES e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). A coordenação é do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Além dos recursos que o Banco já disponibilizou, há previsão de outros R$ 40 bilhões a serem disponibilizados pela Finep/MCTI. Os recursos são do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
As informações são da Agência BNDES de Notícias