Tecnologia X crimes cibernéticos: como isso afeta o mercado automotivo (e muitos outros)
Considerando o avanço das tecnologias “smart”, é natural que os crimes cibernéticos afetem mercados além daqueles primariamente voltados para a internet. Um bom exemplo é a indústria automobilística.
Novos modelos de carro chegam ao mercado com uma série de conveniências para os usuários, parte delas relacionadas à conectividade com os dispositivos smart e com a internet. Isso é positivo para os usuários, considerando facilidades para o cotidiano, mas os benefícios vêm atrelados a certos riscos para o mercado automotivo.
Os problemas ficam ainda mais evidentes para os carros “smart”, onde até mesmo as funções básicas têm alguma relação com a internet. O GPS é o primeiro grande exemplo, sendo capaz não apenas de rastrear usuários a partir da coleta de dados, como também oferecer padrões de consumo individuais.
Os dados obtidos são então vendidos para empresas (de tecnologia ou não), o que as auxilia a vender produtos e serviços de maneira mais direcionada. Um motorista com hábitos noturnos, por exemplo, pode passar a ver mais propagandas de pizzarias e de outros estabelecimentos que funcionam à noite.
Tudo isso sem mencionar os crimes cibernéticos, os quais utilizam os dados colhidos dos usuários para fins maliciosos. No fim das contas, o que era para ser conveniente se torna (mais um) aborrecimento, o que pede conhecimentos dos motoristas sobre os crimes digitais e a sua relação com os automóveis.
Como os crimes cibernéticos afetam os diferentes espaços e indústrias da tecnologia?
A fim de compreender como os crimes cibernéticos afetam os mais diferentes espaços tecnológicos, vale a pena explorar alguns pontos do artigo da ExpressVPN sobre os sistemas de captação de energia solar e como eles estão suscetíveis aos crimes cibernéticos que afetam todas as outras áreas online.
Na verdade, os sistemas de captação solar são um exemplo “extremo” e que mostra como quaisquer tecnologias conectadas à internet podem ser invadidas. Aqui temos situações como o “sequestro” da distribuição de energia, o que pode ter prejuízos catastróficos do ponto de vista social e econômico.
Soluções como uma proteção mais severa para as intranets (conexão de múltiplos dispositivos dentro de uma mesma rede) e o uso de VPNs surgem como alternativas, mas a verdade é que cada desafio pede uma resposta distinta. O ideal é compreender individualmente o que pode dar errado e corrigir.
A situação explorada pela ExpressVPN, relacionada aos sistemas de captação de energia sustentável, serve como um ponto de partida excelente para chegarmos até o mercado automobilístico; já que, assim como no caso anterior, falamos de uma indústria que depende fortemente de tecnologias online.
Quais são os principais crimes cibernéticos relacionados aos automóveis?
Quando chegamos à indústria automobilística e à maneira como os crimes cibernéticos afetam as tecnologias da área, ficamos diante de uma diversidade assustadora de vulnerabilidades. Isso ocorre porque, por natureza, os “smart cars” pedem e utilizam dados sensíveis para fornecer conveniências.
Um segundo artigo da ExpressVPN cita exemplos como o vazamento de informações de dispositivos sincronizados (como as senhas nos smartphones), o acesso indevido a câmeras externas, a gravação de voz a partir de desbloqueio por reconhecimento, o uso de dados Wi-Fi e uma infinidade de outros.
Infelizmente, nenhum desses possíveis vazamentos é “culpa” dos usuários, se tratando de concessões necessárias para que os serviços de conveniência sejam dispensados pelos veículos smart. O “ônus”, nesse caso, é dos responsáveis por desenvolver as tecnologias e vender os produtos que as utilizam.
Quais os impactos dos crimes cibernéticos no mercado automotivo brasileiro e internacional?
Estima-se que no fim de 2023 a venda de carros elétricos superou 5% do total de veículos no mundo, o que são números bastante interessantes. Isso mostra que, apesar das possibilidades de brechas de cibersegurança, os carros smart continuam sendo uma ambição dos motoristas no Brasil e no exterior.
Isso, porém, não significa que os crimes cibernéticos não impactem o mercado automobilístico. Além dos perigos tradicionais associados com veículos (como acidentes), o acréscimo de crimes virtuais faz com que o valor de seguros para carros smart seja consideravelmente mais alto do que os tradicionais.
Diante desse cenário, é certo que as grandes montadoras do setor automobilístico não estão de braços cruzados. Ao mesmo tempo em que os crimes cibernéticos se tornam mais sofisticados, também as tecnologias de produção avançam, a fim de garantir uma proteção maior para os consumidores finais.
Quais as soluções, presentes e futuras, da indústria automobilística para os crimes cibernéticos?
Continuando do tópico anterior e depois de apresentarmos os problemas, precisamos trazer soluções. A verdade é que a maioria delas perpassa variadas indústrias, não apenas a automobilística, o que acontece porque tecnologias usadas em smart cars são as mesmas (ou similares) àquelas de celulares.
Ou seja: ao desenvolver um sistema de segurança robusto para um smartphone, o mesmo pode ser usado para os carros smart. Naturalmente, há alguns aspectos diferenciados, já que cada dispositivo tem necessidades específicas, mas resumidamente o trabalho de proteção de informações é o mesmo.
Na prática, isso significa que é dever do mercado automobilístico investir em áreas que, no passado, estavam apenas tangencialmente relacionadas ao tipo de produto vendido. No caso da conexão com a internet em smart cars, por exemplo, não falamos de um bônus, mas do diferencial desse automóvel.
Nesse mesmo tópico, é interessante citar que cada país possui leis específicas para lidar com esse novo tipo de produto e os problemas associados a ele. Crimes cibernéticos já constam em sistemas legais desde o advento das primeiras intranets, mas o que antes era “pontual” se tornou generalizado.
Pegando como exemplo as questões de cibersegurança relacionadas às tecnologias de captação de energia solar, o artigo da ExpressVPN sugere, entre outras coisas, a utilização de proteções de VPNs, as quais cumprem ao propósito de (entre outras coisas) mascarar as localizações e os proteger dados.
As soluções apresentadas pela ExpressVPN (e outras do decorrer do texto) são apenas algumas dentre as possibilidades para lidar com os crimes cibernéticos na era do compartilhamento extremo de dados. Para a indústria automobilística, cada vez mais “smart”, vale a pena estar atento às tendências digitais.