A imagem do idoso com bengala já não condiz com a realidade e o Contran adequou o modelo de placa para destinar vagas de estacionamento exclusivo para idosos.
Aquela placa de trânsito- com o desenho de uma bengala- que é utilizada para destinar vagas de estacionamento exclusivo para idosos não vai mais existir. Uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) alterou o modelo da placa e a bengala não fará mais parte da sinalização. O novo modelo traz o símbolo de um desenho com uma pessoa em pé, com a postura reta e o sinal 60+ ao lado.
A Res. 965/22 do Contran, que alterou o modelo da placa, definiu e regulamentou as áreas de segurança e de estacionamentos específicos de veículos. Ela entrou em vigor no início de junho de 2022, mas deu mais prazos para as instituições envolvidas se adequarem às novas determinações. De acordo com a norma, os órgãos ou entidades de trânsito com circunscrição sobre a via e os proprietários dos estabelecimentos privados de uso coletivo terão até cinco anos para realizar as adequações necessárias na sinalização das suas respectivas áreas de estacionamento. Então, por um bom tempo ainda vamos nos deparar com o modelo antigo por aí.
Além disso, o modelo da credencial utilizada pelos idosos para usufruírem das vagas exclusivas também terá alterações. Os órgãos ou entidades de trânsito competentes terão até dois anos para realizar as adequações necessárias no modelo da credencial.
Para Eliane Pietsak, pedagoga e especialista em trânsito, a imagem do idoso com bengala, além de estigmatizar o cidadão, está se afastando da realidade.
“A expectativa de vida dos idosos no Brasil vem crescendo ano a ano. Essa é uma ótima notícia. Além disso, com a evolução da medicina, a prática de exercícios físicos e a alimentação saudável, os idosos estão ganhando cada vez mais mobilidade. E o trânsito deve se adaptar a essa nova realidade”, explica.
Expectativa de vida
Em 2022, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relatou que a expectativa de vida da população masculina chegou a 72,2 anos e a feminina atingiu 79,3. Para ter uma ideia, por exemplo, a expectativa de vida no país em 1940 era de 45,5 anos, 30 a menos do que em 2015, que era 75,5 anos. De acordo com o IBGE esse número vem crescendo desde então.