Veja e seja visto: esse lema de segurança também é valioso na estrada. “A primeira medida é ligar o farol assim que sair de casa. Com ele ligado, mesmo de dia, a visualização da moto fica muito mais fácil por motoristas que vão à frente ou direção contrária”, aconselha o diretor da facção Fortaleza do motoclube “Os Cobras”.
Outra dica é conheça bem sua moto e deixe-a sempre em boas condições. “Lembre-se de mudar a calibragem dos pneus quando for transitar com garupa”. Para ele, a calibragem tem que ser feita de 15 a 15 dias.
Para outros profissionais que gostam de estradas, é fundamental usar o capacete e todos os equipamentos de segurança: “só quem tem uma moto sabe o quanto é arriscado ter pela frente uma linha de pipa com cerol. Além de ser muito difícil ver a linha de longe, ela fica totalmente transparente, aumentando o perigo. Todo cuidado é pouco. Instale na sua moto uma antena que previne acidentes com linhas de pipa”. Elton informa que esse perigo é mais latente ao se aproximar do interior, em cidades quando viajam.
Ele ressalta que ao entrar na estrada é bom estabelecer uma velocidade de cruzeiro compatível com os limites legais da rodovia, possibilidades de desempenho de sua moto e sua própria habilidade. “Nas motos de baixa cilindrada (e algumas de média cilindrada), a velocidade de cruzeiro não deve ser maior que 70% da sua velocidade máxima. Quando vamos em comboio, sempre andamos no ritmo da menor moto”, diz.
“Pelas beiras”
Motociclistas salientam que além de cometer uma infração gravíssima, trafegar pelo acostamento pode colocar em risco a sua vida e a de muitos pedestres. O acostamento, segundo eles, é para ser utilizado só em casos de emergência, como problemas mecânicos em sua moto, pneu furado, etc.
Quando o assunto é consumo de qualquer tipo de bebida alcoólica, drogas ou medicamentos que alterem seu estado de sanidade, todos são unânimes: diga “não”, pois podem prejudicar reflexos e reduzir a noção em relação ao perigo.
Uma outra preocupação é ao ultrapassar grandes veículos, como caminhões e ônibus. Para experts, o deslocamento de ar causado por eles podem desestabilizar a moto, já que atrás desses veículos, o turbilhão de ar tende a “puxar” a moto para próximo deles (efeito do vácuo). Na parte dianteira, o ar deslocado direciona-se para os lados, tendendo a “empurrar” a moto para a lateral. Para evitar tais incômodos, mantenha uma distância segura dos veículos durante a manobra de ultrapassagem (cinco metros, pelo menos).
Outro ponto é trafegar em pista molhada – já exige muito cuidado. A distância de frenagem chega a ser 50% superior ao que seria necessário em pista seca. “Adote uma postura defensiva e antecipe-se a situações de risco freando antes do que seria o normal”, diz Elton.
O último conselho é cuidado ao entrar em postos de gasolina com calçamento feito em paralelepípedos, cimento, terra ou pedriscos. Segundo eles, habituado a uma velocidade maior na estrada, o piloto entra no posto mais rápido do que deveria, sem dar conta das condições de aderência.
Fonte: Diário do Nordeste.com.br