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23 de dezembro de 2024

Labirintite acomete até 65% dos idosos e coloca em risco a direção veicular

Preocupação aumenta no RS onde os idosos são o maior número de habilitados.


Por Assessoria de Imprensa Publicado 01/11/2024 às 13h30
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labirintite idosos
O acompanhamento médico e o controle da labirintite são essenciais. Foto: tommyandone para Depositphotos

No Brasil, estima-se que cerca de 33% da população vá experimentar sintomas de labirintite em algum momento da vida. A doença, que acomete com mais frequência pessoas acima dos 40 anos, se torna mais recorrente na terceira idade, podendo atingir até 65% dos idosos. Os dados são da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e da Unifesp e foram analisados pela Associação Brasileira de Medicina do Tráfego do RS (ABRAMET/RS), já que afetam diretamente a capacidade de realizar atividades cotidianas, como caminhar, se manter em pé e, principalmente, dirigir. A preocupação aumenta no Estado, porque os idosos são os condutores em maior número no Rio Grande do Sul, representando 1,3 milhão dos 5,5 milhões de habilitados atualmente, conforme dados do Detran/RS, disponibilizados até o mês de agosto deste ano.

A direção veicular pode ser extremamente perigosa para quem sofre de labirintite, especialmente para idosos, alerta o presidente da ABRAMET/RS e especialista em Medicina do Tráfego, Dr Ricardo Hegele.

“Durante uma crise de vertigem, a perda repentina do controle sobre os sentidos e o equilíbrio, coloca em risco tanto o motorista quanto outros usuários das vias. A visão turva, desorientação e reflexos comprometidos aumentam o potencial de sinistros de trânsito graves. Por isso, é imprescindível que pessoas diagnosticadas com labirintite evitem dirigir durante as crises e busquem tratamento médico adequado”, explica e, acrescenta, que “os idosos já apresentam uma redução natural da sua capacidade física e mental e, assim, somados às crises de labirintite os riscos aumentam em relação à direção veicular”, diz.

Entenda a doença

A labirintite é uma inflamação no labirinto, uma estrutura localizada no ouvido interno, responsável pelo equilíbrio e audição. Entre as principais causas da labirintite estão infecções virais e bacterianas, como gripes e resfriados, além de traumas na cabeça, alergias e até distúrbios circulatórios. Fatores como estresse excessivo e consumo de álcool também podem agravar a condição. Os principais sintomas incluem tontura, vertigem, perda de equilíbrio, náuseas e zumbido.

O acompanhamento médico e o controle da labirintite são essenciais. Embora nem todos os casos resultem em crises constantes, o impacto dessa condição na vida de quem dirige pode ser significativo. Especialmente se não houver acompanhamento por um especialista. Por esta razão, a ABRAMET/RS informa sobre a prevenção e o tratamento adequado para que o ato de dirigir não seja uma privação na vida das pessoas acometidas pela doença, já que a mobilidade humana faz parte do nosso dia-a-dia. 

Tratamento e Prevenção

O tratamento da labirintite envolve medicações para aliviar os sintomas de vertigem e náuseas, como antivertiginosos, anti-inflamatórios e antibióticos (em casos de infecções bacterianas). Além disso, recomenda-se a reabilitação, com exercícios específicos para reeducar o equilíbrio. Controlar fatores de risco, como manter uma alimentação saudável, evitar álcool e cigarro e gerenciar o estresse, também são práticas preventivas importantes.

“Dirigir com labirintite pode ser extremamente arriscado, por isso nunca negligencie os cuidados. Caso apresente sintomas, a recomendação é suspender a direção até a estabilização da condição e buscar auxílio médico para um tratamento eficaz. Durante as crises, opte por alternativas seguras de transporte, como aplicativos de viagens, ônibus ou carona segura”, diz Hegele.

A Associação Gaúcha alerta que a saúde está diretamente ligada com a segurança dos motoristas e, por isto, andam juntas quando falamos em trânsito. 

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