Algumas pessoas costumam demorar para se adaptar ao horário de verão, que adianta uma hora nos relógios de algumas regiões do país, e por esse motivo ficam com mais sono devido à mudança que pode afetar o organismo. “Com a mudança do horário, aumentam as chances da pessoa ter sonolência, lentidão de raciocínio, perda de memória, ansiedade, baixa autoestima e variações no humor, o que pode influenciar diretamente no ato de dirigir”, explica o especialista em trânsito e diretor do Portal, Celso Alves Mariano. Ainda segundo o especialista, esse cansaço pode aumentar a predisposição a acidentes de trânsito e de trabalho.
Para dirigir com segurança é necessário que o cidadão esteja com todas as suas capacidades de comunicação, de raciocínio lógico, de noção de espaço, da coordenação motora, do autoconhecimento, de compreensão, de se situar no meio ambiente e de distinção e interpretação de sons, ativas e prontas para serem utilizadas. “Estados psicológicos e emocionais alterados, como é o caso do sono, por exemplo, podem afetar diretamente a segurança de todos os envolvidos no trânsito”, diz Mariano.
Um estudo realizado no Canadá em 1991 e 1992 pela University of British Columbia constatou um aumento de 8% no número de acidentes de trânsito no dia seguinte à implantação do horário de verão. A pesquisa demonstrou que mesmo as pequenas mudanças na quantidade de sono podem causar danos às atividades diárias das pessoas, como dirigir. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 40% dos brasileiros sofrem de insônia, um dos distúrbios do sono mais comuns e que é gravemente afetado no período do horário de verão.
Para que o organismo não sofra tanto com essa alteração, a dica é dormir 30 minutos antes do horário habitual, duas noites anteriores ao início do adiantamento do relógio. Para quem não conseguiu se preparar antes, vale, no período noturno, ajustar a luz e a sonoridade do ambiente, diminuir o ritmo das atividades, evitar comidas gordurosas e não deixar a televisão ligada, isso tudo pode ajudar a ter um sono de melhor qualidade. No geral, o corpo consegue se adaptar ao novo horário entre três e sete dias após a troca.