Caso de caminhoneiro de Curitiba reforça importância de exame toxicológico
O caso de Curitiba chamou à atenção para a importância do exame toxicológico.
A prisão do caminhoneiro que bateu em 12 carros e causou destruição em Curitiba no último sábado (14) chamou à atenção para a importância do exame toxicológico para motoristas com CNHs das categorias C,D e E. Afinal, esse recurso é visto como essencial para garantir a segurança das estradas.
“É capaz de forma preventiva por detectar o comportamento do profissional”, reforçou o presidente da Associação Brasileira de Toxicologia (ABTox), Renato Dias, em entrevista à Banda B
Renato destaca que esses exames contribuem na redução de acidentes e mortes nas estradas, por isso a importância do exame toxicológico. Para ele, o recurso demonstra a eficácia em retirar um percentual de motoristas profissionais que usam substâncias psicoativas para ficar mais tempo acordado. Uma das mais comuns é o rebite, que foi utilizado pelo caminhoneiro Nilson Pedro dos Santos, de 35 anos.
O presidente da ABTox afirma que, desde 2015, o país tem uma política pública que estabelece a obrigatoriedade de condutores profissionais – com CNH categoria C,D ou E – de realizar o exame de larga janela de detecção. Esse teste é um requisito para que motoristas profissionais obtenham ou renovem a CNH.
O exame também é periódico e é preciso realizá-lo a cada dois anos e meio. Além disso, detecta substâncias em até 180 dias a partir da data da coleta.
“O exame é capaz de identificar qualquer substância psicoativa no organismo. Na primeira coleta detecta se existe alguma substância, se for positivo precisa de um segundo exame passando por outro tipo de maquinário. Esse vai detalhar quais substâncias são e as quantidades no organismo”, explica Renato
No caso de acidentes, Renato acredita que a responsabilidade social deve ser preconizada. Primeiro, é preciso saber se o motorista está com exame regular. “Dono da carga deve fazer check list se o exame está regularizado para evitar tragédias como essa em Curitiba”, afirma.
“É preciso que o motorista, dono da carga, todos estejam atentos e solidários as condições do veículo e documentação obrigatória”, conclui.