Quem não se preocupar com as informações das etiquetas coladas nos vidros dos carros poderá deixar para trás uma economia que pode superar R$ 8.000. O Inmetro calculou a diferença dos gastos com combustível para percorrer um percurso diário de 40 quilômetros com os veículos mais e menos eficientes dentro de uma mesma categoria. Para os modelos populares, a diferença em cinco anos ficou em R$ 4.763, quase 20% do valor de um carro novo de R$ 25 mil. A maior economia foi identificada no grupo fora de estrada. O consumo usado nos cálculos não tem base em um veículo específico.
Considera a média dos mais eficientes (selo A) contra a média dos menos eficientes (selo E). Os valores são uma referência, uma forma de o instituto chamar a atenção para o impacto da comparação aos bolsos dos consumidores. “O consumidor tem que perceber as vantagens econômicas. Esse tipo de cultura, que a gente tem hoje em outros programas de etiquetagem, como nos de iluminação e refrigeração, é o que a gente quer implantar no veicular”, diz o técnico do Inmetro Gustavo Kuster. Até o ano passado, a limitação da amostra dificultava a comparação. Os 105 modelos testados em 2012 representavam 55% das vendas. O estímulo do governo à adesão ao programa por meio das regras do novo regime automotivo elevou a base para 327 tipos em 2013, cerca de 70% do mercado, com a entrada de 16 novas marcas. Entre as grandes, apenas a GM ainda não aderiu. Outras sete empresas já apresentaram o pedido para ingressar.
O lançamento no ano passado do Inovar-Auto, nome da nova política industrial, deu ênfase ao tema de eficiência energética e emissão de gás carbônico (que constará pela primeira vez nos selos). O assunto concentra hoje os principais esforços da indústria automotiva no mundo, que investe pesado para alcançar os níveis exigidos pelos países em que atua. No Brasil, a exigência mínima passará a ser, em 2017, 12% superior à média atual de consumo. Montadoras e importadoras terão de atingir uma média entre os seus modelos de 17,26 km por litro na gasolina e de 11,96 km por litro no etanol para conseguir uma redução de imposto. Individualmente, hoje nenhum carro atinge o patamar proposto. Os números deste ano, contudo, indicam uma leve melhora em relação a 2012. A média de consumo dos subcompactos mais eficientes, por exemplo, ficou 5% melhor na gasolina. Hoje vence o prazo para pagamento da primeira parcela ou da cota única com desconto para os veículos com placa final 2 registrados no Estado de São Paulo. De amanhã a sexta vencem os prazos para as placas de final 3 a 6. O desconto é de 3%.
Fonte: Jornal Floripa