O responsável da OMS destacou México, Peru, Colômbia e Argentina como os países que realizaram os maiores progressos em segurança viária
A América Latina está “fazendo grandes esforços” para melhorar a segurança viária, mas que ainda “não são suficientes”, disse nesta quinta-feira o chefe de Prevenção de Acidentes e Incapacidade da Organização Mundial da Saúde (OMS), Etienne Krug.
“É possível fazer mais em nível político para melhorar a legislação em muitas áreas. A condição é a vontade política e esta não existe em todos os países”, comentou à imprensa em Genebra ao apresentar o relatório sobre “A Situação Global da Segurança Viária 2013”.
O responsável da OMS destacou México, Peru, Colômbia e Argentina como os países que realizaram os maiores progressos em segurança viária e que atualmente se encontram entre os que menos registram vítimas de acidentes de trânsito em nível mundial.
Além disso, elogiou o Brasil e sua chamada “Lei Seca” (a proibição de dirigir com qualquer grau de álcool no sangue), que permitiu reduzir significativamente o número de acidentes de trânsito e de vítimas.
Esses tipos de acidentes causam 1,24 milhão de mortes e 50 milhões de feridos por ano, um número que embora se mantenha estável há três anos, é considerado pela OMS como “inaceitável” por ser ainda muito alto.
Entre os jovens de 15 a 29 anos, os acidentes de trânsito são a principal causa de mortalidade e, em geral, são a oitava causa de morte entre pessoas de todas as idades.
Os especialistas consideram que, se não forem tomadas medidas de urgência, os acidentes automobilísticos passarão do posto oito ao quinto entre as maiores causas de mortes no mundo em 2030.
Só 28 países, que representam 7% da população mundial, contam com legislações que cobrem adequadamente os maiores fatores de riscos: beber álcool e dirigir, velocidade excessiva e falta de uso de cinto de segurança, do capacete por parte dos motociclistas e de sistemas de retenção de crianças.
Nas Américas, a taxa de mortalidade por acidentes de trânsito é de 16,1 mortos por cada 100 mil habitantes.
Fonte: Revista Exame