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26 de dezembro de 2024

Alta velocidade é fator de risco determinante para sinistros graves

A velocidade excessiva contribui para cerca de um terço de todas as mortes que ocorrem no trânsito em países de alta renda e metade delas em países de baixa e média renda.


Por Mariana Czerwonka Publicado 05/04/2024 às 08h15
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alta velocidade
Conforme a OPAS/OMS, quanto mais alta a velocidade, maior a probabilidade de ocorrência de um sinistro e a gravidade das suas consequências. Foto: mmaxer para Depositphotos

A velocidade excessiva contribui para cerca de um terço de todas as mortes que ocorrem no trânsito em países de alta renda e metade delas em países de baixa e média renda. Esse é um alerta da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS).

Conforme a OPAS/OMS, um aumento na velocidade média está diretamente relacionado tanto à probabilidade de ocorrência de um acidente quanto à gravidade das suas consequências.

“Cada aumento de 1% na velocidade média produz, por exemplo, um aumento de 4% no risco de acidente fatal e um aumento de 3% no risco de acidente grave. O risco de morte para pedestres atingidos frontalmente por automóveis aumenta consideravelmente (4,5 vezes de 50 km/h para 65 km/h). No choque entre carros, o risco de morte para seus ocupantes é de 85% a 65 km/h”, afirma a Organização.

Apelo por melhores padrões e políticas

O último relatório da OMS sobre a situação mundial da segurança rodoviária 2023 revela uma alarmante falta de progresso no avanço das leis e dos padrões de segurança no mundo inteiro. Apenas seis países possuem leis que atendem às melhores práticas da OMS para todos os fatores de risco. São eles: excesso de velocidade, condução sob o efeito do álcool, uso de capacetes para motociclistas, cintos de segurança e sistemas de retenção para crianças. Por outro lado, 140 países (dois terços dos Estados-membros da ONU) possuem tais leis para pelo menos um desses fatores de risco. É importante ressaltar que 23 destes países modificaram as suas leis para cumprir as melhores práticas da OMS desde o relatório global sobre a situação da segurança rodoviária de 2018.

Outro alerta da OMS é que a frota global de veículos motorizados deverá duplicar até 2030. No entanto, apenas 35 países – menos de um quinto dos Estados-Membros da ONU – legislam sobre todos os principais recursos de segurança dos veículos. São eles, por exemplo, sistemas avançados de frenagem, proteção contra impactos frontais e laterais, etc. O relatório também revela grandes lacunas na garantia de infraestruturas rodoviárias seguras. São apenas 51 países – um quarto dos Estados-Membros da ONU – a terem leis que exigem inspeções de segurança que abrangem todos os usuários das vias.

O que pode ser feito para prevenir as lesões no trânsito

A entidade afirma que é possível evitar as lesões no trânsito.

“Os governos precisam adotar medidas para abordar a segurança no trânsito de maneira integral. Isso requer envolvimento de vários setores, como transporte, segurança pública, saúde, educação e ações que tratam da segurança viária, veículos e seus usuários. Entre a lista de intervenções eficazes estão: desenhar uma infraestrutura mais segura e incorporar elementos de segurança viária na planificação do uso de solo e de transportes; melhorar os dispositivos de segurança dos veículos e a atenção às vítimas de acidentes de trânsito; estabelecer e aplicar normas relacionadas aos principais riscos; e aumentar a conscientização pública sobre o tema”, finaliza o documento.

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