Além do capacete: veja equipamentos que aumentam a segurança dos motociclistas
Para diminuir o impacto e as consequências em caso de sinistros envolvendo motos, a segurança está muito além do capacete.
Piloto e passageiro, ao circular de moto, estão sempre muito expostos. De acordo com o Ministério da Saúde, morreram 33.813 pessoas em decorrência do trânsito brasileiro em 2021, último dado oficial consolidado. Ainda conforme os números, os motociclistas foram os que mais perderam a vida nas vias e rodovias do Brasil. Foram 11.942 mortes nessa condição. Em seguida estão os ocupantes de automóveis (7.029) e os pedestres (5.349). A faixa etária mais vulnerável, conforme os dados, está entre 20 e 59 anos. Para diminuir o impacto e as consequências em caso de sinistros envolvendo motos, a segurança está muito além do capacete. O Portal do Trânsito explica.
Quase todas as colisões ou quedas, que podem ser frequentes, geram algum tipo de lesão ou ferimento, com graves consequências se os usuários não estiverem usando equipamentos de proteção. Vamos falar um pouco de cada um deles.
Veja equipamentos que aumentam a segurança dos motociclistas
Capacete
De acordo com estudos realizados nos Estados Unidos, o capacete reduz em 70% o risco de morrer em acidente de moto. A maioria dos sinistros ocorre, em geral, poucos minutos após a partida. Muitos pilotos negligenciam o uso do capacete para pequenos percursos ou em áreas muito conhecidas. A preocupação com segurança começa na escolha do capacete adequado ao motociclista e à finalidade. Diferentes tipos de capacete oferecem diferentes graus de proteção. O tipo mais fechado protege a cabeça inteira e a parte inferior da face (nariz, boca e pescoço) e a viseira do próprio capacete protege os olhos. Os modelos mais abertos protegem apenas o crânio e deixam a face exposta. O uso de óculos de proteção protege os olhos.
Os revendedores de equipamentos e acessórios de segurança podem demonstrar vários modelos, de acordo com a finalidade. As cores claras e os adesivos refletivos devem ser uma das prioridades de escolha. É muito importante que o capacete tenha sido aprovado pelo INMETRO.
O capacete deve ficar firme, bem ajustado na cabeça e sempre bem afivelado. E deverá ser substituído sempre que passar da validade, apresentar rachaduras, tiver sofrido fortes impactos, estiver com o revestimento interno solto ou com as correias desfiadas.
Viseiras e óculos de proteção
As viseiras fazem parte do capacete e protegem os olhos e parte da face contra impactos de chuva, poeira, insetos, sujeira e detritos jogados ou levantados por outros veículos. Em velocidade, o impacto de um pequeno objeto causa um grande estrago se o piloto não estiver suficientemente protegido. Os óculos comuns não proporcionam uma proteção adequada, pois são facilmente arrancados em caso de colisão e até pelo vento, se o piloto girar a cabeça.
Além disso, mantém muito exposta uma boa parte da face e não impedem o lacrimejamento causado pelo excesso de vento. Portanto, o equipamento adequado para capacetes sem viseira é o óculos de proteção, desenvolvido especialmente para esta finalidade que permite o uso simultâneo de óculos de sol ou de grau. Os óculos de proteção ou viseiras devem:
- Ser fabricados de material resistente, que não estilhace.
- Permitir uma excelente visão lateral.
- Permitir boa ventilação, para evitar que embaçe.
- Ficar ajustados com firmeza para que não sejam arrancados pelo vento.
- Estar em perfeito estado, sem rachaduras ou riscos.
Vestimentas
Roupas adequadas também são equipamentos que oferecem uma boa proteção em caso de queda, além de proteger motociclistas das intempéries e das partes quentes e móveis da motocicleta. A roupa ideal é a que protege completamente os braços e pernas, sem folgas que se agitem com o vento, mas que permita uma boa liberdade de movimentos. As roupas em couro oferecem a proteção ideal.
O tecido “jeans” também oferece uma boa proteção, com a conveniência de ter um custo menor.
- No calor: é aconselhável usar calça e jaqueta, mesmo nos dias quentes. Geralmente quando em movimento, elas não aquecem muito. Pensar na segurança é sempre a melhor opção.
- No frio: a vestimenta correta oferece proteção contra o frio, mantendo o piloto quente e seco. A jaqueta de inverno deve se ajustar bem na cintura, no pescoço e nos punhos. A capa ou agasalho de chuva devem resistir ao vento, sem inflar nem rasgar, mesmo em velocidades maiores.
O ideal é que o piloto use roupas claras e chamativas, porém as roupas especiais para motociclistas são quase todas pretas ou escuras. É vital que exibam detalhes (ou adesivos) em cores refletivas, como o verde e o laranja, na jaqueta e no capacete, para que os demais condutores enxerguem o motociclista, principalmente à noite. Outra opção é utilizar coletes refletivos.
Luvas
As luvas de couro e as sem forro proporcionam melhor aderência às manoplas, protegem do frio e de impactos, além de proteger as mãos em caso de quedas, quando ocorre o movimento instintivo de tentar se apoiar. Também é comum outros veículos lançarem pequenas pedras que podem ferir as mãos dos motociclistas se estiverem desprotegidas.
As luvas com punhos longos são melhores porque evitam a entrada de vento nas mangas da jaqueta.
Botas
Os pés dos motociclistas estão sempre muito expostos, portanto, devem estar bem protegidos e permitir um bom apoio e por isso é necessário o uso de um equipamento de segurança.
- As botas devem possuir cano alto o suficiente para proteger os tornozelos.
- Solas de borracha são mais indicadas por permitirem maior aderência (não muito grossas, pois dificultam o acionamento dos comandos).
- Possuir saliência (salto pequeno) que possibilite o encaixe nas pedaleiras. O calçado não deve ter sola plana.
- Se houver cordões nos calçados, tomar cuidado com a amarração, para que não se soltem e venham a enroscar na moto.