Há 11 anos, entrava em vigor a lei nº 12.587/12, que trata da Política Nacional de Mobilidade Urbana. Em resumo, a mobilidade urbana traz definição de políticas públicas, para o fácil acesso de deslocamento de pessoas na cidade.
Em 2020 foi divulgada a pesquisa Mobility Futures, da Kantar, que indicou 2030 como o ano ponto para mudança global e da mobilidade ativa, nas metrópoles do mundo. O estudo prevê redução de 10% de viagens de carro particular.
O transporte mais ecológico, por exemplo, representará 49% das viagens, contra 46% de carros.
São Paulo foi uma das capitais pesquisadas para o estudo e mostrou que os habitantes da metrópole modificarão a maneira de viajar.
Mobilidade ativa e atuais políticas públicas para mobilidade urbana
Foto: Facebook Deputado Goura.
Na visão do deputado estadual, Goura (PDT-PR), o Brasil avançou muito em questões de mobilidade urbana nos últimos anos. Porém são “hostis” quando o assunto é: “mobilidade ativa”.
“As cidades brasileiras ainda são muito hostis, especialmente para mobilidade ativa. Ou seja, a lei não está sendo cumprida de fato nas políticas públicas. A lei da mobilidade urbana (12.587/12) estabelece uma diretriz muito precisa, muito importante, mas que infelizmente ainda não se vê aplicada de fato nas políticas públicas das nossas cidades”, destaca.
Goura defende que todos os âmbitos políticos devem se comprometer para alcançar um trânsito melhor, inteligente e mais humano.
Mobilidade Sustentável: o exemplo que vem da escola
Foto: Facebook Vou de Bike e Salto Alto.
Com um perfil de 58 mil seguidores no Instagram, Viviane Mendonça é praticante do cicloturismo desde 2005. Ela afirma que não utiliza carro há vários anos.
Na escola onde leciona, desenvolveu projetos de conscientização no trânsito desde 2015. O resultado impactou mais de 2 mil crianças e adolescentes (direta ou indiretamente).
Ao ser questionada sobre a harmonia entre motorista e o ciclista, Viviane Mendonça ressalta que é preciso ter infraestrutura e respeito as regras.
“Desde que haja infraestrutura e segurança para todos, motoristas, pedestres e ciclistas. A rua é para todos, é democrática, mas existem leis e regras para que todos possam segui-las e conviverem em harmonia”, finaliza.
Mobilidade Ativa: um olhar para o futuro
A chamada “Mobilidade Ativa” é a atitude de se deslocar sem usar algum tipo de veículo motorizado, optando por itens como bicicleta ou ir a pé, por exemplo. Além de saudável, essa é uma ação que contribui para o meio ambiente.
“Eles (mobilidade ativa) têm um papel muito importante e devem ser priorizados e garantidos pelos prefeitos. Deve ser objeto de disputa orçamentária nas Câmaras Municipais. Com isso a gente vai incorporando elementos que vão se traduzir, de fato, numa política de mobilidade moderna que prioriza a vida e a segurança no trânsito”, diz o deputado Goura ao Portal do Trânsito.
Já a professora Viviane Mendonça exalta a importância da bicicleta e é otimista em relação a mobilidade do futuro no Brasil.
“Eu sou uma grande otimista em relação a estas mudanças. Mas tenho consciência que elas são lentas e requerem um esforço de toda a sociedade. Os países estão engajados na discussão sobre cidades sustentáveis – e isso inclui a bicicleta como uma grande protagonista”, ressalta Viviane.
Por fim ela defende que as mudanças sustentáveis só acontecerão, de fato, com o avanço da mobilidade internacional.