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22 de novembro de 2024

PRF submete viaturas a ensaios de dirigibilidade

Os ensaios preconizados na Norma Técnica SENASP Nº 006/2022 são aplicados aos veículos adquiridos para emprego operacional nas atividades de segurança pública.


Por Assessoria de Imprensa Publicado 09/04/2024 às 11h00
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Dirigibilidade PRF
Uma bateria de ensaios técnicos visam avaliar a dirigibilidade, desempenho e segurança veicular das viaturas da PRF. Foto: Divulgação.

Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou, em Indaiatuba/SP, uma bateria de ensaios técnicos que visam avaliar a dirigibilidade, desempenho e segurança veicular dos itens adquiridos por meio de licitação para compor a sua frota.

Esta é a primeira aquisição de veículos operacionais da PRF após a publicação da Norma Técnica SENASP Nº 006/2022, cujo objeto vencedor do certame foi habilitado no item camioneta/SUV caracterizada de grande porte, adicionando, assim, 184 novas unidades à frota.

Os ensaios técnicos se tornaram etapas obrigatórias dos certames de aquisição de viaturas, e estabelecem requisitos mínimos de qualidade e desempenho aplicáveis ao fornecimento de veículos para segurança pública.

O objetivo, conforme a PRF, é garantir a segurança, a qualidade e a confiabilidade do produto adquirido.

Confira como acontecem os ensaios:

Verificação de características gerais e metrologia

A execução da sequência de ensaios ocorre com 1 amostra do veículo, onde se verifica assim como se avalia as características gerais e metrológicas do modelo analisado. Eficiência energética, estabilidade estrutural do veículo, vão livre do solo, ângulo de ataque e saída, aferição de área de custódia utilizando o sistema VDA, testes ergonômicos e funcionais são apenas alguns dos testes aos quais o veículo deve ser submetido, e ter total adequação para ser aceito neste ensaio.

Ensaio de resistência global

A resistência global do veículo é avaliada levando em consideração a eficiência do sistema de arrefecimento com a aferição do calor gerado pelos componentes do motor, temperatura do sistema de frenagem e a compatibilidade com os parâmetros de temperatura de fluídos especificados pelo próprio fabricante, considerando também o conceito obtido em seu crash test e a eficiência de sua suspensão nas medições de transferência de vibração do piso para o habitáculo. Neste ensaio, observa-se se o veículo poderá sofrer superaquecimentos ou danos mecânicos advindos de fadiga na atividade operacional.

Ensaio de avaliação e ergonomia

Neste teste, avalia-se a adequação do modelo em análise quanto à oferta de ambiente satisfatório para execução da atividade operacional, considerando a visibilidade dos instrumentos bem como da área envidraçada, os acessos aos comandos e pedais, dentre outros fatores que proporcionam um embarque e desembarque dentro do adequado para as atividades operacionais.

Ensaio de eficiência energética

Aqui, o objetivo é avaliar o consumo do veículo na realização do ensaio. Ele não deve ter diferença percentual maior que 55% do valor de consumo do ciclo combinado, considerando as ponderações de 55% para o ciclo “cidade” e 45% para o ciclo “estrada”. O cálculo de consumo de ciclo combinado segue metodologia adotada no âmbito do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) do Inmetro.

Ensaio de aceleração

Teste importante para a atividade policial, verifica a aptidão do veículo à atividade operacional no tocante a sua capacidade de aceleração de 0 a 100 km/h (em segundos), com um total de até 2 (dois) ou 4 (quatro) ocupantes, devidamente lastreado, respeitando os procedimentos de manobra, conforme descrito na norma e utilizando um dispositivo de medição baseado em VBOX GPS ou equipamento/metodologia equivalente.

Ensaio de eficiência de frenagem

Teste imprescindível para segurança, objetiva verificar a eficiência do sistema de frenagem do veículo e sua adequação à atividade operacional, com um total de até 2 (dois) ou 4 (quatro) ocupantes, devidamente lastreado, garantindo que os freios sejam testados após serem acionados em alta velocidade. Simulando as condições reais de operação vividas pelo profissional em campo, deve-se acelerar o veículo até a velocidade de 120 km/h para, então, freá-lo com o curso total do pedal do freio de forma instantânea até a sua parada, dentro do espaço de 59m. Assim, considerando também as medidas de temperaturas de todos os freios no disco ou superficial do tambor, logo após a sequência de frenagens do ensaio.

Teste do alce

Neste ensaio, verifica-se a estabilidade do veículo em circunstância de manobra rápida de desvio de obstáculo na pista, mantendo-se a segurança, com um total de até 2 (dois) ou 4 (quatro) ocupantes, devidamente lastreado, obrigatoriamente tendo de executar a manobra a 60km/h, no mínimo.

Teste do slalom

Analisa-se a estabilidade do veículo em circunstância de manobras rápidas de desvios de obstáculos sucessivos na pista, mantendo-se a segurança, com um total de até 2 (dois) ou 4 (quatro) ocupantes, devidamente lastreado. Ou seja, deve-se executar a manobra, no mínimo, a 50 km/h, classificando o modelo na velocidade máxima que concluir o teste (em uma tentativa bem sucedida).

Ensaio de alta velocidade

Acompanhamentos policiais fazem parte da rotina operacional. Em razão disso, este teste objetiva verificar a aptidão do veículo para acompanhamentos em vias de alta velocidade, com um total de até 2 (dois) ou 4 (quatro) ocupantes, devidamente lastreado. O roteiro de ensaio deve contemplar a distância total de 60 km, sendo calculado o número de voltas no circuito de acordo com essa distância. Aqui, um dos objetivos será reprovar veículos instáveis ou que, de outro modo, exibirem características inseguras para a atividade e para a segurança dos operadores.

Ensaio em circuito urbano

Um dos testes, é feito para a avaliação da aptidão do veículo para a atividade operacional em vias urbanas, com um total de até 2 (dois) ou 4 (quatro) ocupantes, devidamente lastreado. Dessa forma, utilizando um circuito que representará o ambiente da maioria das comunidades metropolitanas atendidas pelas instituições de segurança pública.

O circuito deve conter trechos lineares, curvas fechadas de até 45°, esquinas de 90° e de 180° (com esterção total do volante do veículo e em situação regular de via), obstáculos como guia de retenção de velocidade (lombadas ou similares), sonorizadores, guias rebaixadas e depressões para escoamento pluvial (valetas), subidas e descidas acentuadas (acima de 25°), considerando a presença de veículos estacionados e em movimento, bem como velocidades entre 30 km/h e 100 km/h com direção ostensiva. Aplicam-se cones e obstáculos para definição e simulação do circuito. No caso de ensaio em via de condições controladas, considera-se a capacidade de transposição de guia “meio fio” e outros obstáculos urbanos.

Ensaio off-road

Conforme o órgão, também se avalia o veículo em sua aptidão para a atividade operacional em vias rurais com obstáculos naturais de alta exigência. Como por exemplo: transposições severas de curso d’água, rampa, declive, desnível lateral, via rural com ondulações de erosão pluvial (costela de vaca e caixa de ovos).

VTR01

O Projeto VTR01 vem ganhando destaque no cenário nacional, promovendo pesquisa, ciência assim como profissionalismo, prometendo proporcionar a melhor viatura da história da PRF. Este projeto nasceu da necessidade de oferecer ao servidor policial e à sociedade uma viatura que atenda, ao máximo, às exigências do trabalho policial. Além disso, tem por objetivo viabilizar um veículo para o serviço operacional da PRF, de modo a proporcionar segurança, desempenho, suporte e ergonomia otimizados. Atualmente, o projeto conta com a parceria da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) e está em fase de negociação para uma colaboração com a Universidade de Brasília (UnB). Já houve o início de diálogos estratégicos com representantes do mercado nacional. A promoção do trânsito seguro é uma das prioridades da Instituição, ou seja, mais de 97% do efetivo interno considera o projeto relevante.

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