26 de dezembro de 2024

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26 de dezembro de 2024

Pesquisa aponta que índice de acidentes de trajeto é 67% maior em empresas que não realizam ações educativas


Por Mariana Czerwonka Publicado 18/02/2022 às 17h31 Atualizado 08/11/2022 às 21h14
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Esse resultado mostra que, efetivamente, campanhas de educação e sensibilização funcionam e evitam acidentes de trajeto. Veja outros dados da pesquisa.

Acidentes de trajetoFoto: Pixabay.com

O Sesi Paraná, em parceria com o Centro Internacional de Formação de Autoridades e Líderes (CIFAL Curitiba) e o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), apresentou, na última semana os resultados do estudo “A Caminho do Trabalho: uma pesquisa sobre acidentes de trajeto no setor industrial do Paraná”.

Durante nove meses, gestores de 215 empresas (64% delas de médio ou grande porte e 35% micro ou pequenas), localizadas em 60 municípios do Paraná, responderam a um questionário abordando os modos de transporte utilizados na companhia, uso de empresa terceirizada de transporte, números e características das vítimas e dias de afastamento relacionados a acidentes de trajeto ocorridos com os colaboradores. Também foram avaliadas, por exemplo, informações sobre políticas das empresas e eventual realização de campanhas de sensibilização.

Perfil

Os resultados mostram que os jovens, homens, entre 20 e 29 anos, estão entre as principais vítimas dos acidentes de trajeto. Além disso, os trabalhadores que utilizam moto se acidentam três vezes mais do que quem vai de carro e 30 vezes mais do que quem utiliza ônibus. “É importante destacar também a alta incidência de acidentes envolvendo ciclistas, que assim como a moto é um veículo considerado vulnerável em relação aos outros tipos de veículos”, apontou o professor Dr. Jorge Tiago Bastos, do Departamento de Transportes da Universidade Federal do Paraná, que apresentou a pesquisa em Webinar promovido pelo Sistema Fiep.

Campanhas de sensibilização

Outro ponto que chamou a atenção é que o índice de acidentes de trajeto é 67% maior em empresas que não realizam ações de sensibilização.

“Esse é um resultado importantíssimo porque, em outras palavras, traz justamente a efetividade e importância da realização dessas ações nas empresas”, destacou Bastos.

Soluções para os problemas

Além do levantamento de dados, a pesquisa apontou soluções para os problemas encontrados. Entre eles estão:

  • Realização de campanhas de sensibilização, principalmente com foco, em colaboradores mais jovens, do sexo masculino e com menos tempo de empresa.
  • Suporte e orientação para micro, bem como pequenas empresas no desenvolvimento de ações de sensibilização.
  • Incentivo à oferta de sistema de transporte coletivo por ônibus.
  • Incentivo ao uso do transporte público.
  • Ações de sensibilização voltadas para motociclistas e ciclistas
  • Facilitação do acesso à vestimenta retrorreflexiva para ciclistas e motociclistas.
  • Estímulo ao uso de adesivos retrorreflexivos nas motocicletas, bicicletas e capacetes.
  • Incentivo ao acesso de capacetes aos ciclistas.
  • Realização de iniciativas de orientação às empresas para o registro de informações sobre acidentes.
  • Alternância entre jornadas presencial e remota para os casos em que não há prejuízo laboral.

Carlos Valter Martins Pedro, presidente do Sistema Fiep, falou, no mesmo Webinar, sobre a importância da pesquisa e salientou que o Sesi tem como principal pilar a segurança e a saúde do trabalhador e, dentro dessa questão, estão os acidentes de trabalho e de trajeto.

“O primeiro ponto e mais importante da prevenção é a vida, bem como a integridade física do trabalhador. Nesse sentido, o que pudermos fazer para contribuir é muito importante”, completou, enfatizando que prejuízos pessoais e familiares precisam ser evitados.

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