Você sabe o que é matriz energética? Já ouviu falar em transição da matriz energética? Pois bem, se não ouviu falar ainda, certamente não irá demorar a ouvir, pois é um assunto atual que provavelmente delineará muitos aspectos do nosso futuro e terá um impacto muito forte na mobilidade urbana. Por esse motivo, o Portal do Trânsito aborda esse tema para quem quer se aprofundar um pouco mais.
Para começar, a matriz energética é a composição das diferentes fontes de energia disponíveis e utilizadas em um determinado território para produzir a energia necessária para seus consumos, incluindo transporte, indústria, residências, entre outros. Essas fontes podem ser renováveis, como hidráulica, eólica, solar e biomassa, ou não renováveis, como petróleo, carvão mineral e gás natural.
A relação entre a matriz energética e o futuro da mobilidade está no tipo de energia utilizada para mover os veículos e sistemas de transporte. Por exemplo, uma matriz energética com grande participação de fontes renováveis pode incentivar o uso de veículos elétricos ou movidos a biocombustíveis, promovendo uma mobilidade mais sustentável. Por outro lado, uma matriz dependente de fontes fósseis tende a perpetuar o uso de veículos movidos a gasolina ou diesel, que são mais poluentes.
Matriz energética e o futuro da mobilidade
A matriz energética é um elemento central na discussão sobre o futuro da mobilidade, especialmente diante dos desafios ambientais e da busca por soluções sustentáveis. Uma das certezas que temos hoje é que a transição para fontes de energia mais limpas e renováveis é crucial para reduzir as emissões de gases poluentes, gases de efeito estufa e mitigar os impactos das mudanças climáticas.
Atualmente, a matriz energética global ainda é dominada por combustíveis fósseis, como petróleo, carvão e gás natural. No entanto, há uma crescente conscientização sobre os seus efeitos negativos, como a poluição do ar e as emissões de CO2, que contribuem para o aquecimento global. Como resultado, governos, empresas e consumidores estão buscando alternativas mais sustentáveis.
De início se pensava que uma das principais tendências no futuro da mobilidade seria a eletrificação dos veículos. Isso porque a eletrificação do transporte prometia, e ainda promete, reduzir significativamente a dependência de combustíveis fósseis e as emissões de gases poluentes.
Especialistas, porém, já começam a apontar que os veículos elétricos talvez não sejam tão sustentáveis assim, como se pensava. Esse fato se dá porque a produção das baterias dos carros elétricos também gera impactos ambientais negativos, como a extração de metais raros e o descarte dos resíduos. A Agência Internacional de Energia (AIE), por exemplo, estimou que a demanda por lítio, cobalto e níquel pode aumentar até 20 vezes até 2030 por causa dos veículos elétricos, o que pode levar à escassez desses recursos e à exploração de áreas sensíveis. Nesse sentido, os carros híbridos abastecidos com combustíveis renováveis já são apontados como uma opção mais ecológica e econômica do que os puramente elétricos.
Pelo que dá para perceber, a transição para uma matriz energética mais limpa e o desenvolvimento de novas tecnologias ainda enfrentará desafios significativos. E, para superá-los com o objetivo de alcançar uma mobilidade mais sustentável, será necessária uma abordagem integrada que envolverá governos, empresas, cientistas e toda sociedade civil. Isso inclui políticas de incentivo, investimentos em pesquisa e desenvolvimento, parcerias público-privadas e educação pública sobre os benefícios dessa transição.
Por fim, o futuro da mobilidade também depende de cada um de nós e não apenas da tecnologia disponível. E mais, é possível começar essas escolhas imediatamente (como você pode ver aqui). Ao priorizar fontes de energia renováveis e soluções de transporte sustentável, podemos começar a construir já um futuro mais limpo, seguro e resiliente para todos.