As travessias elevadas em vias públicas ganharam novas especificações, que deverão ser atendidas em um ano. Por meio da Resolução 495, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) estabeleceu mais padrões e critérios para as estruturas já instaladas e que ainda serão construídas, como limitações para altura, colocação de placas de sinalização e obrigatoriedade do piso tátil próximo a todas as faixas.
As exigências foram divulgadas no “Diário Oficial da União”, no dia 9 deste mês, data a partir da qual valerá o prazo de um ano para as prefeituras fazerem as adaptações. Em Uberlândia, são 252 faixas elevadas e a estimativa do Executivo Municipal é de adequar as faixas que estiverem fora da norma até o início de 2015.
De acordo com o assessor da Divisão de Operação de Tráfego da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (Settran), Onei Silvério, a Prefeitura ainda irá definir quantas travessias elevadas vão passar por adaptações e o valor a ser investido nas obras que deverão ser feitas. “Essas informações vamos ter nos próximos meses, após estudos e levantamentos. A resolução é recente”, afirmou.
Segundo Onei Silvério, as novas faixas elevadas que vierem a ser construídas na cidade já vão atender às solicitações. “E as antigas serão adequadas, de forma a atender à resolução dentro do prazo estipulado.”
A previsão da Settran é que, até o início de 2015, todas as faixas elevadas estejam padronizadas.
Adaptações
A equipe de reportagem do CORREIO de Uberlândia percorreu avenidas da cidade com tráfego intenso de carros e que têm as faixas elevadas e constatou algumas que terão de ser adaptadas às exigências previstas na nova norma do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
Uma delas é a da avenida Noruega, próxima à avenida Londres, no bairro Tibery, zona leste, que não tem placa sinalizando sobre a elevação na avenida Londres. “Esta travessia é perigosa”, disse Leila Abrahão, de 50 anos. Ela trabalha em um estabelecimento comercial em frente a esta travessia e tem dificuldade para utilizar a faixa. “Alguns motoristas saem da avenida Londres e entram na Noruega e param em cima da faixa, de forma brusca”, afirmou.
Em 15 minutos, às 9h da última segunda-feira (23), a equipe do CORREIO registrou o fluxo de 12 carros e sete motos convergindo na esquina mencionada. Todos reduziram a velocidade, porém quatro deles tiveram dificuldade para fazer a conversão da avenida Londres para a Noruega, porque não tinham visto que havia pedestres na faixa elevada.
Piso tátil
As 21 travessias elevadas da avenida Rondon Pacheco atendem às novas determinações do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Já algumas da avenida João Naves devem passar por reformas para atender às exigências do órgão, como é o caso da faixa elevada próxima à esquina da rua Virgílio M. Leite, que está desgastada e não tem piso tátil na calçada à direita.
Outra travessia elevada que deverá ser adequada é a da avenida Antônio Thomaz Ferreira Rezende, próximo à avenida Alexandrino Alves Vieira, no bairro Santa Rosa, zona norte. A faixa está desgastada, tomada por mato e inacessível para pedestres portadores de necessidades especiais.
Normas para travessias elevadas
– Comprimento
Deve ser igual à largura da via
– Largura
Deve ter de 4 m a 7 m de superfície plana
– Rampas
Devem ter inclinação de 5% a 10% em relação à altura
– Altura
Deve estar igual ou nivelada à altura da calçada
– Todas travessias elevadas devem estar sinalizadas
– Todas travessias elevadas devem atender às normas de acessibilidade
– Todas travessias elevadas devem ter piso tátil nas áreas da calçada próximas ao meio-fio
– Placa de “Velocidade Máxima Permitida” de 40km/h deve estar instalada próxima a todas as travessias elevadas