Tráfego de veículos motorizados em ciclofaixas e ciclovias pode comprometer a segurança

Diversos veículos estão trafegando nesses espaços e não deveriam, pois colocam a segurança dos usuários mais frágeis em risco.


Por Thabita Yuri
Ciclofaixa
Ciclofaixa em Recife. Foto: Diego Nigro/PCR

Não é novidade pra ninguém o aumento do uso das bicicletas. A população que troca os meios de transporte para utilizar a bike vem se expandindo a cada ano. Mas nem sempre encontram um espaço adequado para pedalar.

No centro do Recife, por exemplo, houve o registro de uma ciclofaixa que se usa como estacionamento de carros, obstruindo o caminho dos ciclistas e os obrigando a pedalar entre os veículos.

Cenas como essa são vistas todos os dias em São Paulo, ciclofaixas apagadas, com falta de tinta, buracos no percurso, falta de manutenção, lixo jogado no meio fio. Situações que dificultam a vida do ciclista e colocam em risco todo o grupo.

Além disso, quem enfrenta as ciclovias e ciclofaixas das cidades tem notado a diversidade cada vez maior de modais que esses locais concentram: pedestres, bikes convencionais e elétricas, patins, patinetes e até motonetas e mobiletes.

E muitos deles não cumprem o que a legislação determina. Diversos veículos estão trafegando nesses espaços, e não deveriam. Seja por falta de conhecimento ou por pura irresponsabilidade do condutor, o fato é que a pouca fiscalização nesse campo abre brechas para que essas situações ocorram.

As ciclofaixas foram criadas para a mobilidade ativa e não deveriam comportar os veículos mais rápidos e que colocam os mais frágeis em risco. Diversos micromodais não estão registrados na legislação porque não existiam na época que o Código de Trânsito Brasileiro foi criado, e embora o Conselho Nacional de Trânsito defina parâmetros nacionais de leis, cabe aos municípios regulamentar de forma mais restritiva e específica o correto uso para cada espaço.

Em geral, o CTB define a prioridade entre pedestres, veículos e ciclistas tendo como parâmetros a proteção dos mais frágeis pelos veículos de maior porte. Ficando definido que o ciclista está à frente dos automóveis e após os pedestres. Além de prioridade no tráfego, os motoristas devem dar preferência de passagem durante a travessia em faixas exclusivas. Também o ciclista tem o direito de transitar no bordo das pistas de rolamento, desde que o local não possua ciclovia, ciclofaixa ou acostamento.

E é importante lembrar que é proibido o trânsito de bicicletas em calçadas, na contramão de direção e em faixas exclusivas para outros veículos.

Outro fator que torna o trânsito mais seguro para os ciclistas são os sinais básicos, que podem facilitar a comunhão entre veículos, se realizados corretamente e com antecedência:

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