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Estudo liga alta velocidade a mortes no trânsito


Por Mariana Czerwonka Publicado 25/04/2016 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h38
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VelocidadeA cada aumento de 8 km/h nos limites de velocidade máxima resultaram em um crescimento de 4% nas mortes.

Um estudo do Insurance Institute for Highway Safety, um órgão norte-americano que cuida da segurança no trânsito, chegou a conclusão que os aumentos de velocidade nos últimos 20 anos custaram, ao menos 33 mil vidas em acidentes. De acordo com o estudo, a cada aumento de 8 km/h nos limites de velocidade máxima resultaram em um crescimento de 4% nas mortes. Quando se fala apenas de rodovias, o mesmo aumento de velocidade gera 8% mais acidentes fatais.

O excesso de velocidade é uma das principais causas de acidentes de trânsito no Brasil. “A velocidade inadequada reduz o tempo disponível para uma reação eficiente em caso de perigo, além disso, quanto maior a velocidade, maiores serão as consequências no caso de um acidente”, explica Celso Alves Mariano, especialista em trânsito e diretor da Tecnodata Educacional.

Na cidade de São Paulo, onde as principais vias tiveram as velocidades reduzidas, o número de mortes caiu de 1.249 em 2014 para 992 em 2015. Em Curitiba, onde também foram implantadas áreas calmas- a velocidade máxima é de 40 km/h-, o número de mortes no trânsito caiu 17,5% em 2015, em comparação com o ano anterior.

Celso Mariano destaca que a velocidade máxima nem sempre é uma velocidade segura. “O bom senso manda que a velocidade seja compatível com todos os elementos do trânsito, principalmente às condições adversas. Mesmo velocidades baixas podem ser incompatíveis como em caso de aglomerações ou outras situações de risco”, conclui Mariano.

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