Congestionamento no Brasil: estudo revela impacto do trânsito em grandes capitais
A 14ª edição do TomTom Traffic Index, um dos mais completos estudos sobre tráfego urbano no mundo, revelou os desafios enfrentados pelas grandes cidades brasileiras em relação aos congestionamentos. O estudo, que analisou 500 cidades em 62 países em 6 continentes, avalia cidades de todo o mundo pelo seu tempo médio de viagem e nível de congestionamento. No ranking global, São Paulo, Recife, Curitiba, Fortaleza e outras capitais do país se destacam entre as mais congestionadas. Assim, evidenciando a urgência de melhorias na mobilidade urbana.
São Paulo: líder no tempo perdido no trânsito
A capital paulista, maior metrópole do Brasil, lidera o ranking nacional de congestionamento se levado em conta o tempo perdido por ano em horários de pico. Em média, os motoristas de São Paulo perdem mais de 111 horas por ano presos no trânsito. Esse dado representa não apenas prejuízos financeiros, mas também impactos significativos na qualidade de vida e na saúde da população. Em seguida estão Recife e Curitiba, onde motoristas perdem 108 e 107 horas presos no trânsito, respectivamente.
Fortaleza: o impacto no Nordeste
Fortaleza, outra cidade que aparece entre as mais congestionadas, enfrenta desafios específicos relacionados à sua geografia e à expansão urbana desordenada. Com uma média de mais de 28 minutos para percorrer 10 km em horários de pico, a cidade aparece em primeiro lugar nesse quesito. Curitiba também figura entre as principais, em segundo lugar com uma média de mais de 27 minutos para percorrer 10 km em horários de pico.
Panorama nacional
Cidades como Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Brasília também figuram no estudo, mostrando que o problema é generalizado. Conforme o levantamento, os fatores que mais contribuem para os congestionamentos no Brasil incluem o aumento da frota de veículos, a infraestrutura viária defasada e a concentração de atividades econômicas em áreas centrais.
Soluções em debate
Especialistas apontam que é preciso priorizar investimentos em transporte público. Como, por exemplo, sistemas de metrô e corredores de ônibus eficientes, além de políticas que incentivem o uso de bicicletas e outros modais alternativos. “A descentralização de serviços e a adoção de ferramentas tecnológicas para monitorar e gerenciar o trânsito também são medidas discutidas”, explica Celso Alves Mariano, especialista e diretor do Portal do Trânsito & Mobilidade.
O impacto global
O Brasil não está sozinho no enfrentamento do problema. O estudo avaliou mais de 500 cidades em 62 países, destacando que o trânsito é uma preocupação crescente em grandes metrópoles ao redor do mundo. No entanto, os desafios enfrentados pelas capitais brasileiras reforçam a necessidade de estratégias locais alinhadas a soluções globais.
O TomTom Traffic Index, mais do que apresentar dados, serve como um alerta para gestores públicos e a sociedade sobre a importância de repensar a mobilidade urbana. Além disso, para adotar medidas que garantam deslocamentos mais rápidos, sustentáveis e acessíveis a todos.