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21 de novembro de 2024

Brasileiros perderam mais de 200 horas em congestionamentos no ano de 2022

Indo na contramão do que a maioria esperava, a cidade campeã foi Recife, e não São Paulo.


Por Pauline Machado Publicado 26/03/2023 às 08h15
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Em 2022 o motorista brasileiro passou, em média, mais de 200 horas preso em congestionamentos nas principais cidades, segundo dados do levantamento realizado pela empresa TomTom.

A análise, que levou em conta os horários de pico em dias úteis, além do tempo perdido, também identificou a média de velocidade na hora do pico e quanto tempo leva para viagens de 10km.

Indo na contramão do que a maioria esperava, a cidade campeã foi Recife, e não São Paulo. É na capital pernambucana que o motorista perde mais tempo em congestionamentos, com 220 horas dentro do carro contra 209 horas na capital paulista.

Veja o ranking das cinco cidades com piores trânsitos e congestionamentos para os brasileiros:

1º lugar – Recife: 220 horas por ano em congestionamento; velocidade média de 21 km/h; média de 22 min e 50 segundos em viagens por 10 km.

2º lugar – Belo Horizonte: 214 horas por ano em congestionamento; velocidade média de 21 km/h; média de 22min em viagens por 10 km.

3º lugar – São Paulo: 209 horas por ano em congestionamento; velocidade média de 22 km/h; média de 22 min 10 segundos em viagens por 10 km.

4º lugar – Curitiba: 207 horas por ano em congestionamento; velocidade média de 22 km/h; média de 22min em viagens por 10 km.

5º lugar – Fortaleza: 205 horas por ano em congestionamento; velocidade média de 23 km/h; média de 21 min e 30 segundos em viagens por 10 km.

O Ranking retrata mais de uma semana inteira preso no trânsito. Sem falar do tempo perdido individualmente, que resultam em significativos custos econômicos do congestionamento, chegando a custar bilhões para o país como um todo.

Bons exemplos no mundo

1 – Melbourne, na Austrália: usa inteligência artificial e tecnologia de veículos conectados para tornar o tráfego mais seguro. E, também para lidar com o crescente volume de tráfego, que traz níveis crescentes de poluição e congestionamento.

Por meio do Australian Integrated Multimodal EcoSystem – AIMES, o país conecta todos os veículos por meio de uma teia de sensores ambientais e de tráfego. Isso possibilita que as autoridades de tráfego consigam coletar, analisar e distribuir as informações rapidamente para ter uma descrição do trânsito atual.

A tecnologia, por exemplo, auxilia a tomar decisões sobre o fluxo e rotas alternativas para proporcionar maior eficiência e segurança nas estradas.

2 – Sevilha, na Espanha: conhecida como cidade modelo, também já investe em Inteligência artificial com a Plataforma de Dados de Mobilidade, para reduzir os congestionamentos.

Em tempo real, a ferramenta possibilita o envio de dados para os gestores de tráfego através de câmeras bem como informações gráficas. Dessa forma, tornando possível realizar o controle do tráfego e evitar congestionamentos.

3 – Gotemburgo, na Suécia: desenvolveu um novo sistema de cobrança de congestionamento a fim de gerenciar os níveis de tráfego urbano. A partir dessa tecnologia, o pedágio cobre, por exemplo, uma área urbana por onde passam, aproximadamente, 150 milhões de veículos por ano. Em paralelo, à redução do tráfego, o novo sistema proporciona à cidade, em torno de 90 milhões de euros de receita tributária por ano.

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