Pesquisa sobre a mobilidade urbana pós-pandemia mostra a mudança de hábito dos brasileiros. Veja os detalhes!
Uma pesquisa realizada no último mês de maio sobre a mobilidade urbana pós-pandemia, com mais de 2,2 mil participantes, identificou que 45,3% dos brasileiros das cinco regiões do País mudaram seus hábitos de deslocamento desde o início da pandemia causada pela Covid-19.
Desenvolvido pelo NZN Intelligence, em parceria com o Estadão Summit Mobilidade Urbana, o estudo também registrou que 40,2% dos entrevistados intensificaram o uso do carro particular para evitar aglomerações. Além disso, 31,6% passaram a se deslocar mais a pé ou de bicicleta. Isso representa uma considerável recusa ao uso de transporte público por parte dos entrevistados. Destes, 83,5% afirmaram não se sentirem seguros usando esse modal durante a pandemia.
No entanto, ao analisar o deslocamento para ir e voltar do trabalho, o levantamento registrou que apenas 19,4% dos entrevistados disseram ter conseguido aderir ao home office. Já, 42,9% saíram de casa especificamente para trabalhar e 43% se deslocaram ao menos cinco quilômetros para chegar ao trabalho.
Impactos para a população na mobilidade urbana pós-pandemia
Os pesquisadores também identificaram problemas relacionados aos impactos da mobilidade urbana pós-pandemia à população. Nesse sentido, cerca de 36,22% dos participantes consideraram que as calçadas pouco acessíveis podem ser um problema para pessoas portadoras de deficiência física. Já 33,60% dos entrevistados evidenciaram a falta de ciclovias para quem deseja utilizar bicicleta como meio de transporte. E, para 30,49% falta iluminação nas ruas.
Tecnologia e mudanças de hábitos
Por fim, o levantamento constatou, ainda, que o avanço tecnológico como os aplicativos de delivery e mobilidade também contribuíram para que a população adquirisse novos hábitos.
Dentre os participantes, o uso de aplicativos de entregas, por exemplo, aumentou em 38,20% e nos aplicativos de transporte a alta foi de 12%.
Saiba mais
Ainda que a mudança pareça se dar a longo prazo, 32% dos entrevistados disseram que querem andar mais a pé. Enquanto isso, 40,4% afirmaram que continuarão usando aplicativos de entrega.